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apenas uma brincadeira

Após dias de caminhada, Thiago, Hiro e Marlon encontram um novo lugar, um pequeno esconderijo isolado que parecia ser uma casa abandonada no meio das vastas gramas amarelas. Era uma casa simples, com um toque de abandono, talvez uma fazenda que ficou para trás quando a guerra começou. O lugar parecia seguro, mas Thiago sabia que não poderia ficar tranquilo por muito tempo.

Hiro: "Este lugar é ótimo para ficarmos um tempo! Ele parece estar bem isolado, mas vamos ficar atentos."

Thiago guarda suas coisas dentro da casa e começa a olhar ao redor. O local tinha algo de tranquilo, um tipo de calmaria no meio do caos. Ele decide que era hora de fazer algo que não fazia há muito tempo.

Thiago: "Marlon, Hiro, vem! Vocês dois!"

Ele pega uma bolinha pequena e sai para o lado de fora, esperando os dois acompanharem. Marlon, com sua energia, corre até Thiago, enquanto Hiro observa, um pouco confuso, o que estava acontecendo.

Hiro: "Precisa de ajuda?"

Thiago: "Não, só vamos brincar."

Hiro: "Brincar? Eu... acho que não sei como faz."

Thiago ri e explica, tentando fazer o robô entender a dinâmica.

Thiago: "Ah, tudo bem, eu ensino você! Fica longe, isso... mais longe! Aí tá bom."

Hiro, sem entender muito bem, fica parado, observando Thiago e Marlon brincando com a bola. A cada arremesso de Thiago, Marlon pula, tentando pegar a bola, mas não consegue. Em um momento, Thiago joga a bola para Hiro, mas, sem saber o que fazer, Hiro simplesmente fica ali, imóvel, e a bola acerta sua cabeça. Thiago não consegue segurar o riso e corre até Hiro.

Thiago: "Olha, Hiro! Quando eu jogar a bola, você não pode deixar o Marlon pegar, senão você perde!"

Hiro: "Ok, Thiago."

Agora com uma melhor ideia do que fazer, Hiro pega a bola antes que Marlon possa alcançá-la e joga de volta, mas sem muita precisão, a bola sai com muita força e acaba indo para o outro lado. Thiago fica parado, rindo, enquanto explica mais uma vez como a brincadeira funcionava.

E assim, por mais que Hiro não fosse capaz de expressar emoções de forma clara, ele continuava jogando com Thiago e Marlon. Era a primeira vez em muito tempo que Thiago sentia algo tão próximo de uma normalidade. A diversão de brincar com Marlon, mesmo em um mundo devastado, parecia ser uma pequena pausa na tristeza que cercava suas vidas.

Hiro, por sua vez, continuava tentando entender o que era aquilo que Thiago e Marlon estavam sentindo. Algo que ele não conseguia compreender completamente, mas que parecia ter um significado. Por mais que Hiro não mostrasse nenhuma reação, ele estava ali, aprendendo, tentando entender o que era viver em meio a tudo aquilo.

Enquanto o tempo passava, a brincadeira se repetia, mas algo mais profundo se formava entre os três. Não era apenas uma diversão fugaz, era uma tentativa de criar algo que fosse mais do que a guerra e a solidão.

Mas, como sempre, a calmaria duraria pouco. Enquanto Thiago e Hiro se divertiam com Marlon, um drone distante, com suas câmeras frias e impessoais, observava a cena. Sem saber o que o futuro ainda reservava para eles, Thiago sentia uma leveza, mas a constante sensação de que a qualquer momento a guerra os encontraria novamente.