Ato 4 - Gelo Quente

A manhã passou como qualquer outra.

Não havia nada de extraordinário naquele dia.

Mas, quando a tarde chegou, algo inesperado aconteceu.

Enquanto caminhava pelos corredores, alguns alunos do terceiro ano se aproximaram dele.

Olharam-no com um ar sério e disseram que precisavam conversar com ele no fundo do colégio.

Seus amigos, que estavam próximos, imediatamente se alarmaram.

Nolan foi o primeiro a falar.

— Ei, você vai mesmo? Esses caras são do terceiro ano, sei lá...

Articos, com um sorriso tranquilo, respondeu.

— Se eu não for agora, eles vão vir mais vezes. Melhor resolver isso logo.

Ele se despediu dos amigos e seguiu para o local indicado.

Ao chegar, encontrou apenas um cara esperando por ele.

Era André Rodolf, um aluno do terceiro ano, conhecido por sua postura intimidante.

André se aproximou rapidamente e, com uma atitude agressiva, segurou Articos pelo corta-vento, olhando-o nos olhos com um ar desafiador.

— Escuta aqui, moleque, fica longe da Stella. Ela é minha namorada, não quero te ver se metendo no caminho.

O jovem, sem se alterar, deu um leve sorriso, tentando aliviar a tensão.

— Tudo bem, cara. Se é só isso, tá de boa. Eu não quero arrumar confusão, não.

André, visivelmente surpreso com a calma de Articos, olhou-o por um momento, avaliando se ele estava sendo sério.

Mas antes que pudesse soltá-lo, fez o inesperado, meteu um soco direto em sua cara, só para confirmar que ele realmente não reagiria.

Articos, porém, não demonstrou nenhuma reação.

Simplesmente limpou a boca, deu de ombros e se afastou, indo embora sem mais palavras.

O resto da tarde passou de forma estranha. Articos tentou manter uma distância de Stella sem parecer rude ou ignorante.

No laboratório de química, ele ficava com os fones no máximo, enquanto dormia.

Na biblioteca, ele se concentrou em um livro qualquer, fingindo ler, mas com a mente longe, ainda processando o que acontecera mais cedo.

Ele tentava ao máximo não fazer contato visual com Stella, mas ela claramente sentia que algo estava diferente.

Até mesmo na cantina, quando ele se sentou sozinho em uma mesa afastada, seu comportamento estava visivelmente alterado.

Ele olhou para seus amigos à distância, tentando não chamar atenção, mas não conseguiu evitar que Stella percebesse sua atitude estranha.

Stella começou a suspeitar que algo estava acontecendo e decidiu investigar.

Mais tarde, foi até os amigos dele, procurando entender o que estava acontecendo.

Nolan foi o primeiro a falar, exagerando na história.

— Ah, eu vi... Articos tava meio estranho, parecia que ia bater de frente com o pessoal do terceiro ano, se fosse comigo, eu faria nada.

Christopher, sempre mais calmo, apenas deu de ombros.

— Não sei de nada, não vi nada de mais, mas ele ficou estranho depois daquilo, não sei, talvez seja coisa da cabeça dele.

Por fim, Richard, o mais direto, olhou para ela com um olhar sério e disse.

— Aparentemente foi uma treta com o pessoal do terceiro ano, mas ele não quis dizer, más... Só sei que quem tava esperando ele, foi o André Rodolf.

Stella, surpresa e confusa, não sabia o que pensar.

Ela não entendia por que André teria agido daquele jeito, nem o que isso significava para ela e Articos.

Decidiu que precisaria conversar com ele mais tarde para entender o que realmente tinha acontecido.

No dia seguinte, Stella não conseguiu tirar o assunto da cabeça.

O comportamento estranho do garoto estava martelando em sua mente.

Ela não queria acreditar que ele estivesse se afastando sem razão, então decidiu procurá-lo.

Durante o intervalo, ela caminhou até o local onde ele costumava ficar, mas não o encontrou.

Olhou ao redor e o viu na parte de trás do colégio, perto da quadra, conversando com alguns amigos, mas estava visivelmente distante.

Ela se aproximou dele com um passo hesitante.

— Ei, Art! — ela chamou, tentando não soar ansiosa.

Ele a olhou por um momento, mas, ao vê-la se aproximando, rapidamente desviou o olhar.

Ele parecia distraído, focado em algo além dela. Stella sentiu uma pontada de desconforto, mas insistiu.

— O que aconteceu ontem? Você estava diferente... estava evitando falar comigo, e nem parecia o mesmo. — Perguntando diretamente, tentando entender o que havia se passado.

Articos ficou em silêncio por um instante, como se estivesse ponderando suas palavras.

Ele finalmente olhou para ela, com os olhos ainda um pouco marejados, como se estivesse em algum tipo de conflito interno.

— Eu só... não queria te colocar em uma situação chata. – respondeu, tentando parecer descontraído, mas a tensão na sua voz era perceptível. — Ontem... foi uma coisa que eu tive que lidar sozinho, não quero que se envolva.

Stella franziu a testa, intrigada.

— Lidar com o quê?

Ele hesitou por um momento antes de falar.

— Não importa, Stella. Só me... me desculpa por ter me afastado, eu só não estou em um clima agradável.

Ela ficou quieta por alguns segundos, observando-o.

Ela queria saber mais, mas não queria forçar.

Algo dentro dela lhe dizia que ele estava mentindo, ou pelo menos escondendo algo.

— Tudo bem, mas se precisar de alguma coisa, me avise. Não me afaste assim de novo, ok? — Dizendo com um sorriso, tentando aliviar a tensão que pairava entre eles.

Articos assentiu, mas havia algo em seu olhar que mostrava que ele não estava totalmente confortável com a situação.

— Belê, vou tentar. — disse ele, de forma mais calma, mas ainda com uma pitada de desconforto.

Stella então percebeu que ele estava se segurando, guardando algo.

Queria insistir mais, mas sabia que isso não iria ajudá-la.

Ela suspirou e, antes que ele pudesse responder, decidiu mudar de assunto.

— Então, que tal depois da aula? Eu e você podemos ir tomar um sorvete, já que você adora.

Ele olhou para ela e sorriu levemente, como se estivesse agradecido pela tentativa de suavizar as coisas.

— Pode ser. — ele respondeu, já mais relaxado.

Ela riu, sentindo-se mais à vontade.

O resto do dia passou com uma sensação de alívio para ambos.

Embora ainda houvesse uma tensão leve no ar, a conversa havia aberto espaço para algo mais descontraído entre eles.

À tarde, como combinado, Articos e Stella saíram juntos, caminhando até a sorveteria mais próxima.

Durante o trajeto, Articos não parava de falar sobre as opções de sabores, dando sugestões e explicando por que ele achava alguns melhores que os outros.

Stella, por sua vez, se divertia com a animação dele, esquecendo por um momento a situação desconfortável de antes.

Eles se sentaram na varanda da sorveteria, conversando sobre coisas simples, como filmes e hobbies, sem mencionar o que aconteceu no dia anterior.

O clima estava leve, e era exatamente o que eles precisavam naquele momento.

Enquanto tomavam sorvete e riam das pequenas piadas que Articos fazia, Stella sentiu um alívio por ver que as coisas estavam começando a se normalizar.

Ela sabia que havia algo mais acontecendo com ele, algo que ele ainda não estava pronto para contar, mas decidiu dar-lhe tempo.

A mulher sabia que, eventualmente, ele falaria quando se sentisse pronto.

E, por agora, isso era o suficiente.

Após o sorvete, ambos estavam mais relaxados.

O jovem se mostrava menos tenso, compartilhando algumas de suas histórias engraçadas de infância e fazendo Stella rir com suas expressões exageradas.

Ela gostava disso, dele falando de uma maneira tão leve, como se o mundo não tivesse tantos problemas.

Mas Stella sabia que havia mais ali, algo que ele não estava dizendo.

Eles passaram algum tempo ali, simplesmente curtindo a companhia um do outro, sem pressa.

O sol estava começando a se pôr, e a noite caía, trazendo um frescor suave ao ambiente.

Articos estava mais tranquilo, mas ainda dava sinais de que algo o incomodava.

— Sabe, eu nunca imaginei que um dia passaria a tarde com alguém como você. – Stella disse, quebrando o silêncio que se estabeleceu por alguns minutos.

Ele a olhou, surpreso com o que ela falou, e deu uma risada leve.

— Por que, por alguém como eu?

Ela deu de ombros, com um sorriso travesso.

— Você é... diferente. Mas de um jeito bom. E um pouco misterioso também.

Ele riu, mas logo abaixou o olhar, mexendo no copo de sorvete.

— Às vezes, ser misterioso é a melhor opção. Não precisa saber tudo sobre mim.

Stella percebeu a mudança no tom dele e, por mais que quisesse insistir, resolveu não pressionar.

Ela sabia que ele não estava pronto para se abrir ainda. E, ao contrário do que muitos fariam, respeitaria isso.

A amizade deles precisava de tempo para crescer.

— Bom, acho que não vamos resolver isso agora. — Stella disse com um sorriso, levantando-se da cadeira. — Mas, ei, pelo menos você me deu a chance de passar um tempo legal com você.

Ele sorriu, um pouco mais genuíno.

— E foi bom. Eu não costumo fazer isso... sair assim, sem pensar muito.

— Acho que é bom para você de vez em quando. — Ela respondeu, jogando a última colherada de sorvete para dentro da boca.

Ele assentiu, sentindo uma leveza que não sentia há um tempo.

— Comer realmente é bom para mim.

Ela deu um pequeno sorriso e, ao sair, deixou escapar uma última frase.

— Eu ainda acho que você vai me contar o que está acontecendo. Só não sei quando.

Ele sorriu de lado, mas não respondeu, apenas a observou ir embora.

Articos não sabia ao certo o que sentia.

Stella parecia ser a única pessoa com quem ele se sentia bem, sem pressões, sem obrigações.

Ela não o julgava, não estava tentando arrancar algo dele.

E isso, de certa forma, o confortava.

No caminho para casa, ele pensava no que poderia acontecer.

Ele não tinha muito controle sobre suas emoções, mas estava começando a perceber que Stella fazia parte do equilíbrio que ele ainda tentava encontrar em sua vida.

Ela era uma distração boa, uma que ele não queria perder.

Ao entrar em seu apartamento, Articos deixou os pensamentos de lado por um momento e se jogou no sofá.

Ele ainda não sabia como lidar com a situação que estava por trás da briga com André, mas, por enquanto, ele estava disposto a manter tudo sob controle.

Talvez, com o tempo, as coisas se resolvessem sozinhas.

Mas, por agora, ele só queria aproveitar o momento.

O dia passou rápido, mas Articos não estava de humor para mais confusão.

Chegou um pouco mais tarde do que o normal e, assim que entrou na sala, seus amigos começaram a zoar.

— Olha quem apareceu, o mestre das manhãs tardias! – Nolan riu, passando a mão pelos cabelos bagunçados.

— Deve ter rolado uma noite louca, né? — Christopher brincou, lançando um olhar para ele.

Richard, com seu jeito mais direto, apenas observou e disse.

— Você é o rei do estilo "cheguei atrasado, mas tô de boa". Vai fazer alguma coisa interessante hoje, ou vai só ficar na sua?

Articos deu de ombros e sentou-se, ainda com os fones de ouvido, ignorando os comentários.

Ele já estava pensando em como passaria o resto do dia em paz, até que, de repente, a porta da sala se abriu.

André Rodolf entrou, encarando o garoto com um olhar sério.

Ele não teve tempo de se preparar.

Antes que pudesse sequer reagir, André segurava seu corpo e o levantou para cima, seus fones saíram voando nesse momento e acabaram caindo no chão.

Os amigos se entreolharam, surpresos.

Nunca tinham visto Articos perder a compostura dessa maneira.

Nolan, com um sorriso nervoso, murmurou.

— Isso vai dar ruim... E foi logo aquele fone...

Christopher parecia estar em dúvida.

— Me pergunto se isso vai acabar bem.

Richard, mais calado, observava a cena com a expressão séria, percebendo a tensão no ar.

Stella, que estava passando pelo corredor naquele momento, ouviu o barulho da confusão e parou na porta.

Ela apanhou o fone do chão e ficou ali, observando a cena com uma expressão curiosa, sem saber o que estava acontecendo.

Seus olhos se fixaram em Articos, que agora parecia diferente.

O sorriso descontraído havia desaparecido, e no lugar estava uma expressão de pura seriedade.

André, percebendo que garoto não estava reagindo como ele imaginava, começou a pressionar mais.

Mas, antes que pudesse fazer qualquer coisa, Articos fez um movimento rápido.

Usando apenas uma mão, ele pressionou o braço de André com força, e o colocou no chão com um movimento ágil.

A sala ficou em silêncio por um momento.

Stella assistia à cena com os olhos arregalados, e seus amigos estavam em choque.

Nolan, ainda atordoado, murmurou:

— Ele... ele fez isso com uma mão só?

Articos se aproximou de André, que agora estava no chão, se recompondo. Ele não se moveu, mas seu olhar era assustador.

A tensão na sala aumentava, e ele sabia que não era hora para mais problemas.

— Você provavelmente quebrou meus fones – Articos disse, com a voz firme, mas sem perder a calma. — Então... Me faz um favor, e não aparece na minha frente, não por agora.

André ficou ali, no chão, com a expressão surpreso e frustrado.

O jovem deu um passo para trás e olhou para seus amigos, sem dizer mais nada.

Ele estava voltando a ficar calmo, mas os outros podiam sentir a tensão que emanava dele.

Stella, ainda na porta, olhava para Articos, com os olhos atentos, tentando entender o que tinha acontecido.

Ela não sabia o que esperar dele, mas agora estava mais curiosa do que nunca.

Ele caminhou até ela, não disse nada e pegou seu fone de volta, verificando pra ver se não tinha quebrado, e voltou a escutar música.

Nolan, Christopher e Richard estavam em silêncio, processando o que acabara de acontecer.

— Isso foi... — Nolan começou, ainda sem palavras.

— É, isso não é algo que a gente vê todo dia — Christopher completou.

Richard, como sempre, não dizia muito, mas seu olhar estava fixo no seu amigo, tentando entender mais sobre ele.

Enquanto a confusão se desfez, Stella ficou pensativa, ainda observando o garoto com um olhar misterioso.

Algo nele definitivamente a intrigava, e ela sabia que essa história estava longe de terminar.

O intervalo da tarde chegou, e a tensão ainda pairava no ar.

André não havia desistido, e sua expressão estava ainda mais desafiadora enquanto procurava Articos.

O garoto estava visivelmente contido, mas a calma que sempre o caracterizava parecia ter desaparecido, dando lugar a algo mais intenso, mais perigoso.

Quando Articos finalmente se afastou da sala, seus amigos tentaram falar com ele, mas ele estava focado demais para ouvir.

Já não estava em seu estado de tranquilidade usual.

Ele se dirigiu para os fundos do colégio, sentindo o peso do dia e a irritação acumulada.

Seus passos eram firmes, mas o ar de quem ainda não estava totalmente calmo.

André o seguiu, quase provocando-o a cada passo.

Quando chegaram atrás do colégio, André deu um passo à frente, com um olhar desafiador.

— Eu não quero mais essa confusão — Disse o veterano, tentando manter uma postura dominante. — A gente precisa resolver isso agora, não vai mais ser esse jogo de gato e rato.

Articos, com a mão no bolso, parou de andar e encarou André.

Seu corpo tenso, mas a expressão calma como sempre.

Contudo, havia algo ali que não estava certo, uma irritação latente, uma energia que, se liberada, poderia ser desastrosa.

De repente, o som da mão estalando no ar cortou o silêncio, e o garoto deu um passo à frente.

Seu punho estava preparado para atingir o rosto de André com uma força avassaladora, mas algo o fez parar.

— Articos! – uma voz feminina ecoou no ambiente, interrompendo a ação no último segundo.

Era Stella.

Ela surgiu de repente, vindo do canto do prédio, com uma expressão séria e, ao mesmo tempo, decidida.

A mulher correu até o jovem, colocando a mão sobre o seu braço, impedindo-o de dar o golpe.

— Para! – ela exclamou, sua voz firme, mas cheia de preocupação. — Isso não é você!

Articos a olhou por um momento, tentando processar o que estava acontecendo.

Mas, antes que pudesse reagir, Stella continuou, virando-se para André com um olhar de desaprovação.

— Você, para de mexer com ele! – Stella disse, mais enfática. — Ele não está te provocando, e, se continuar assim, as coisas vão ficar sérias pro seu lado.

André, ainda com a mão no rosto e a expressão de surpresa pela atitude de Stella, ficou sem palavras.

A mulher se aproximou um pouco mais dele, e sua voz soou mais forte e firme do que nunca.

— Eu não sou sua namorada, então não tem razão alguma para você ficar mexendo com ele.

O olhar de Stella era claro, cheio de autoridade, mas também havia um toque de cuidado com Articos que ele não esperava.

Para ele, foi um misto de surpresa e gratidão.

Nunca tinha visto Stella assim, tão decidida a defendê-lo de forma tão direta.

Ele, por um momento, só ficou ali, observando o rosto dela, antes de desviar o olhar e suspirar, como se finalmente se acalmasse.

André, depois de alguns segundos de silêncio desconfortável, parecia perceber que não tinha mais forças para continuar com a discussão.

Ele respirou fundo, deu um passo atrás e murmurou:

— Tá, tá bom, Não vou mais mexer com ele.

André saiu rapidamente do local e quando Articos ia fazendo o mesmo, foi surpreendido com Stella o puxado para perto, colocando sua cabeça sobre seus peitos.

— Dá pra se acalmar? Não seria legal ver um monstro andando por ai.

O garoto tentou se afastar, tirando seu rosto de perto.

— Obrigado por ter dado um fim nisso, mas não sou seu namorado, então não faça coisas como essa, é embaraçoso.

— Seu rosto tá vermelho, então posso dizer que perdeu para mim? Pela primeira vez?

— Não fuja do assunto, me solta logo...

— Se eu tiver realmente ganhado... Eu poderia pedir o que eu quisesse certo?

— Sim... Mas esse não é o foco. — Disse Articos, enquanto quase era sufocado pelos peitos de Stella.

— Então... Vai ficar aí até se acalmar...

— Mas eu já tô calmo...

— Mentiroso, você provavelmente sabe mentir, mas você está com vergonha, então sua mente deve tá derretendo...

— Qual o seu problema, em. — Disse Articos ainda tentando se soltar.

— Estou descongelando isso que você chama de coração, agora só para quieto.

Sabendo que não poderia usar força, pois poderia machucar Stella, ele ficou lá, com a cabeça sobre seus peitos.

Era um momento que precisava de muito intimidade, mas ela não se importava se fosse ele, Articos por sua vez, achava que era ela uma maluca.

Mas no fim das contas, se fossem os delas, não seriam tão ruim assim.

Aparentemente.