O anúncio do diretor ecoou pelos corredores da escola.
Uma competição de basquete seria realizada depois do segundo intervalo da tarde.
Assim que ouviu, Articos nem pensou duas vezes.
— Bora jogar.
Nolan sorriu, já empolgado.
— Óbvio que eu vou.
Christopher bateu no peito, confiante.
— Se for pra humilhar alguém, eu tô dentro.
Richard deu de ombros, mastigando um doce.
— Tanto faz, contanto que tenha diversão.
Enquanto isso, Stella observava Articos de longe.
Vê-lo animado daquele jeito fazia um pequeno sorriso surgir em seu rosto.
Os quatro seguiram para a inscrição.
Mas havia uma regra diferente: ninguém poderia usar seus nomes reais.
O diretor queria evitar comparações entre os times.
Articos percebeu na hora que era uma jogada inteligente.
Sem pensar muito, escolheu seu nome no torneio.
— Coruja Negra.
Os amigos riram, mas logo escolheram os seus.
Nolan foi o próximo a escolher.
— Já que é assim… me chama de Arquiteto da Quadra.
Christopher revirou os olhos.
— Mano, que nome brega. Enfim, o meu vai ser… Fantasma da Enterrada.
Richard, ainda mastigando um doce, deu de ombros.
— Tanto faz, me coloca como Ceifador da Bola.
Os três olharam para ele por um momento.
— Ceifador da Bola? — Christopher arqueou a sobrancelha.
— Tu pensou nesse nome agora ou já tinha guardado? — Nolan perguntou.
Richard apenas sorriu e colocou mais um doce na boca.
Stella, que ainda observava de longe, soltou um pequeno riso.
— Eles realmente são um grupinho colorido…
Com os nomes definidos, os quatro estavam oficialmente inscritos no torneio.
Agora só restava esperar a hora do jogo.
E após muito aguardo, o segundo intervalo da tarde chegou, e a quadra estava mais movimentada do que o normal.
Os times se organizavam, e a galera já começava a se aglomerar para assistir.
Articos, Nolan, Christopher e Richard estavam aquecendo no canto da quadra.
— Eu só espero que ninguém jogue sujo, — Christopher comentou, girando a bola nas mãos.
— Relaxa, isso aqui é só uma brincadeira, — Nolan respondeu, esticando os braços.
Richard, como sempre, estava mastigando um doce.
— Se for brincadeira ou não, eu vou ganhar.
Articos, por outro lado, estava focado, girando a bola nos dedos enquanto olhava para os outros times.
Ele percebeu que André estava no time adversário.
— É claro que esse cara ia estar aqui… — murmurou.
Nolan seguiu o olhar dele e viu André conversando com os colegas de equipe.
— Vai ser interessante, — ele sorriu.
O jogo estava prestes a começar, e Articos sentia uma pequena ansiedade misturada com animação.
Na arquibancada, Stella observava tudo de braços cruzados, curiosa para ver o que ia acontecer.
O apito soou, e a partida começou.
A bola foi jogada para o alto, e Articos saltou rápido, pegando a posse antes de qualquer um.
Ele passou para Nolan, que driblou um adversário e tocou para Christopher, que já estava posicionado para tentar um arremesso.
Christopher mirou, mas André apareceu na frente, bloqueando.
A bola quicou para o lado, e Richard correu para recuperar.
Ele fintou dois jogadores e jogou para Articos, que, sem hesitar, pulou e fez uma bandeja perfeita.
— Primeira cesta do jogo, Coruja Negra! — anunciou o juiz, e o público vibrou.
André cerrou os punhos, claramente irritado.
O jogo seguiu intenso.
Cada jogada parecia uma batalha, e Articos começou a notar que ele estava cada vez mais agressivo, empurrando e tentando bloquear de maneira desleal.
Até que, em uma jogada rápida, Articos estava correndo para marcar mais dois pontos quando sentiu um impacto forte em seu ombro.
Com seu rápido reflexo, forçou as pernas, inclinou seu corpo e deslizou alguns centímetros na quadra.
O juiz apitou falta, mas antes que pudesse dizer algo, André se inclinou sobre ele.
— Você pode ser esperto, mas aqui eu sou melhor que você.
Articos ficou em silêncio por um segundo.
Depois, sorriu de canto.
— Se realmente fosse, não estaria jogando assim.
— Assim como? — Perguntou André.
E com um sorriso travesso, o garoto apontou para ele.
— Com medo.
Articos se levantou, ajeitou a postura e caminhou para a linha de lance livre.
A arquibancada estava observando tudo, e Stella, sem perceber, apertava as mãos com força.
Articos respirou fundo.
Mirou.
E arremessou.
A bola girou no ar e entrou limpa na cesta.
A plateia vibrou, e ele voltou para o jogo, como se nada tivesse acontecido.
Mas, no fundo, ele já sabia.
Se André jogasse sujo de novo...
Ele não ficaria tão calmo assim.
O jogo continuou intenso.
André parecia cada vez mais impaciente, tentando forçar Articos a perder a calma.
Mas Articos apenas sorria.
Christopher passou a bola para ele, que rapidamente fintou um adversário e correu para a cesta.
André veio com tudo, tentando bloquear de maneira agressiva.
Dessa vez, Articos não tentou desviar.
Ele parou abruptamente, fazendo André perder o equilíbrio.
— A padaria fica em frente ao colégio. — Comentou Articos.
E então, com um movimento rápido, ele girou o corpo e arremessou para trás.
A bola tocou no aro e caiu direto na cesta.
— Que droga foi essa? — André gritou, frustrado.
Articos apenas relaxou os ombros.
— Improviso.
O time dele vibrou, e a arquibancada explodiu em aplausos.
Stella sorriu de leve.
Mas André não estava pronto para aceitar a derrota.
Na jogada seguinte, quando Articos tentou driblar, André deu um empurrão com o ombro, derrubando-o no chão.
O juiz apitou falta técnica imediatamente.
O ginásio ficou em silêncio.
Articos permaneceu no chão por alguns segundos, olhando para cima, então finalmente disse algo.
— Olha que filho da puta.
Lentamente ele se levantou.
Seu olhar não era mais o mesmo.
André percebeu e recuou um pouco.
— Tá tentando me assustar? — ele disse, forçando um riso.
Articos limpou a poeira da roupa.
— Eu avisei para não jogar sujo.
Ele pegou a bola e caminhou até a linha de lance livre.
Respirou fundo.
O silêncio no ginásio era total.
Ele arremessou.
A bola entrou perfeitamente, sem tocar no aro.
Mas ele não comemorou.
Apenas olhou fixamente para André.
— Última chance de jogar limpo.
André rangeu os dentes, mas não respondeu.
O jogo seguiu.
E agora, a tensão estava no ar.
A partida recomeçou com uma energia completamente diferente.
André tentava esconder o nervosismo, mas seu jeito apressado de jogar o entregava.
Articos, por outro lado, parecia mais calmo do que nunca.
Ele não precisava dizer nada.
Seus movimentos falavam por si só.
Nolan passou a bola para ele, e Articos rapidamente avançou.
Dessa vez, André não tentou um bloqueio sujo.
Ele estava hesitante, sem saber se arriscava outra jogada agressiva.
O garoto usou isso contra ele.
Com um drible rápido, passou direto pelo adversário e saltou para a enterrada.
O ginásio veio abaixo com a jogada.
— Isso é um aviso? — André murmurou, rangendo os dentes.
Articos sorriu levemente.
— Não. Eu só gosto de ganhar.
O placar já estava favorável para o time dele.
A pressão aumentava, e André começou a errar passes simples.
Ele estava perdendo o controle.
Nos minutos finais, o jogo já estava praticamente decidido.
E no último lance, quando André tentou uma jogada desesperada, Articos interceptou a bola com um único movimento, sem esforço.
O apito final soou.
Vitória do time dos garotos.
Os amigos de Articos comemoraram, Nolan pulando em suas costas, Christopher rindo alto e Richard batendo palmas.
Enquanto isso, André olhava para baixo, cerrando os punhos.
Stella cruzou os braços e sorriu.
Articos olhou para André uma última vez antes de ir descansar.
— Fica pra próxima.
A próxima partida começou com um clima diferente.
Dessa vez, o time de Articos enfrentaria outro grupo de jogadores talentosos, e André assistia da arquibancada, ofegante e suado.
Ele ainda tentava entender a derrota anterior.
Os novos adversários eram rápidos e jogavam com entrosamento.
O placar estava equilibrado, e cada posse de bola era uma batalha.
Christopher passou a bola para Articos, que avançou pelo lado direito da quadra.
Dois jogadores do time adversário se posicionaram para bloqueá-lo.
Eles estavam confiantes de que conseguiriam barrá-lo ali.
Mas foi então que aconteceu.
Articos quicou a bola no chão, mas com uma rotação absurda.
Ela girava como um pião, criando um efeito estranho.
E no exato momento em que os dois tentaram o bloqueio, Articos desapareceu da vista deles.
Ou pelo menos foi essa a impressão.
Ele se moveu tão rápido para a esquerda que parecia um vulto.
Os adversários ficaram parados por um instante, confusos.
E então, a bola que estava girando no chão voltou exatamente para a mão de Articos, como se tivesse vida própria.
O ginásio ficou em silêncio por um segundo.
Depois, gritos e aplausos explodiram por toda a arquibancada.
— O que foi isso?! — Richard arregalou os olhos.
— ELE É O CAPITÃO, CARALHO. — Nolan riu, incrédulo.
Até Stella ergueu uma sobrancelha surpresa.
André, da arquibancada, apenas observou, sentindo um calafrio na espinha.
Articos sorriu de canto.
A bola ainda estava em sua mão.
O jogo continuou, mas agora, todos estavam atentos a cada movimento de Articos.
Os adversários tentaram se reorganizar, mas era como se ele estivesse entrado em outro nível.
Na posse seguinte, Articos recebeu a bola no meio da quadra.
Dois defensores vieram rapidamente para cima dele.
Sem hesitar, ele fez um drible seco para a direita e, no exato momento em que os dois se moveram para tentar o corte, ele jogou a bola contra o chão com um giro forte.
A rotação fez a bola deslizar ligeiramente para trás, enquanto Articos disparava pela esquerda novamente, quase como se tivesse sumido.
A bola, seguindo o efeito da rotação, voltou para sua mão com precisão absurda.
— MAS QUE PORR...?! — Um dos defensores exclamou, olhando para os lados, tentando entender o que aconteceu.
— Ele fez de novo! — Richard gritou, enquanto ria.
Stella, que antes assistia de braços cruzados, agora estava inclinada para frente, completamente intrigada.
O time adversário começou a ficar desesperado.
Na próxima jogada, tentaram colocar três jogadores para cercar Articos.
Mas ele já sabia o que fazer.
Com um olhar tranquilo, driblou levemente para a direita e, com um toque rápido, fez a bola girar no chão com um efeito violento.
Dessa vez, ele não apenas passou pelo lado contrário, como girou o corpo no ar, pegando a bola no momento exato em que ela retornou para sua mão.
Os adversários ficaram completamente perdidos.
O ginásio inteiro foi à loucura.
— MEU DEUS! — Nolan gritou.
— Não sabia que hack tava permitido.— Christopher ria, ainda incrédulo.
André, ainda na arquibancada, passou a mão pelo rosto.
Ele não conseguia acreditar no que estava vendo.
O garoto estava humilhando o time adversário, e fazia parecer fácil.
Sem perder tempo, Articos avançou para a cesta e finalizou com um arremesso perfeito.
A bola caiu limpa na rede.
Mais uma jogada absurda para a conta.
O jogo continuava, mas naquele momento, não havia mais dúvida.
Articos estava em outro nível.
Os adversários estavam desnorteados.
A cada jogada, Articos fazia algo ainda mais absurdo.
O treinador do outro time começou a gritar da lateral, tentando reorganizar a defesa.
Mas nada adiantava.
Na posse seguinte, dois jogadores vieram para cima de Articos novamente, determinados a não cair no mesmo truque.
Ele sorriu de canto.
Com um movimento rápido, jogou a bola entre as pernas e fez um crossover tão veloz que deixou um dos defensores no chão.
O outro tentou reagir, mas no instante em que se moveu, Articos já havia jogado a bola contra o chão com um giro forte.
O efeito fez a bola deslizar para trás novamente, e ele disparou pelo lado oposto, como um fantasma.
Quando os defensores perceberam, a bola já estava de volta em suas mãos.
— DE NOVO NÃO! — Um dos jogadores gritou, frustrado.
O ginásio explodiu em gritos e aplausos.
— Esse cara tá jogando um jogo diferente do nosso! — alguém na arquibancada comentou.
Christopher e Nolan estavam morrendo de rir.
— Esse é o Art, mano! — Nolan disse, balançando a cabeça.
Richard aproveitou essa e comia seus doces, completamente relaxado.
— Eu já sabia que ele ia fazer isso.
André, olhava para baixo com um misto de frustração e admiração.
Ele queria odiar aquele cara, mas era impossível negar.
Articos era simplesmente bom demais.
E Stella...
Ela estava ali, observando cada movimento, de olhos fixos nele.
Sem perceber, um pequeno sorriso surgiu em seu rosto.
Articos olhou de relance para a arquibancada, viu a reação dela e soltou um pequeno suspiro.
Ele não jogava para impressionar ninguém.
Mas, se estivesse chamando a atenção de Stella, talvez não fosse algo tão ruim.
O jogo prosseguiu, mas naquele momento, todos sabiam.
A vitória já estava garantida.
Os minutos finais da partida estavam pegando fogo.
O time adversário já sabia que Articos era o grande problema, então decidiram ir com tudo.
Dessa vez, metade do time veio cercá-lo.
Jogadores avançaram ao mesmo tempo, braços erguidos, prontos para bloquear qualquer tentativa de avanço.
Mas ele não hesitou.
Com um passe preciso para trás, entregou a bola para Christopher.
O garoto recebeu e rapidamente driblou um dos marcadores que tentou roubar a bola.
Sem perder tempo, mandou de volta para Articos.
Dessa vez, todos esperavam que ele fizesse um de seus dribles absurdos para os lados.
Mas ele surpreendeu.
Ao invés de mandar a bola para os lados, ele jogou para trás.
A bola começou a girar violentamente, permanecendo suspensa por um instante.
E foi nesse momento que Articos fez o inesperado.
Ele se inclinou para trás, flexionou as pernas e saltou dali mesmo, como se estivesse sendo impulsionado pela própria confiança.
A distância era absurda.
Ninguém acreditou no que estava vendo.
A bola, por conta da rotação, subiu exatamente na trajetória do salto de Articos.
No ar, ele segurou firme.
Lá de cima, olhando o aro distante, não parou.
Seu braço se moveu com precisão.
O ginásio inteiro prendeu a respiração.
A bola voou em um arco perfeito.
Nada além da rede balançando suavemente.
Cesta.
O ginásio explodiu em gritos.
O apito soou logo em seguida.
Fim de jogo.
Vitória do time de Articos.
A comemoração foi rápida, mas intensa. Articos estava rodeado por seus amigos, todos rindo e celebrando a vitória.
Os outros jogadores adversários, embora derrotados, aplaudiram a jogada de Articos.
Ele não podia deixar de sorrir, mas logo voltou a sua postura mais tranquila e focada.
— Eu sabia que você ia fazer algo assim — Disse Christopher, ainda rindo. — Sempre com um lance insano na manga.
Articos deu de ombros, sem muito o que dizer.
— Nada de mais — Respondeu ele com calma, como se já tivesse feito aquele tipo de jogada mil vezes.
Ele estava se acalmando mais ainda, mas, por dentro, ainda sentia a adrenalina da jogada perfeita.
Nolan, que estava tentando recuperar o fôlego, sorriu e se aproximou.
— Mas, sério... aquela foi de outro nível. Que movimento foi aquele? Eu quase não te vi!
Articos apenas sorriu, balançando a cabeça.
— Eu só precisei dar o passe certo. Isso que importa, não é?
Enquanto isso, Richard ainda estava com um doce na mão, observando com uma expressão vaga.
Ele não parecia muito impressionado, mas logo soltou um sorriso.
— É claro que você faria isso... Você tem esse lance de... "desaparecer" no geral — disse Richard, com um tom descontraído.
Articos riu de leve e passou a mão nos cabelos, tentando disfarçar o cansaço que começava a pesar sobre seus ombros.
— É só treinar bastante... — Ele disse, num tom quase filosófico, como se fosse algo simples.
Stella, de longe, observava tudo, o sorriso em seus lábios ainda visível.
Ela não podia evitar a sensação de admiração que sentia por ele.
Quando a névoa abaixou, ela se aproximou dele, ainda com um brilho nos olhos.
— Incrível. — Ela disse, e Articos virou o rosto na direção dela. — Você... Me surpreendeu, Crisol.
Ele olhou para ela com um olhar quase desconcertado.
Não estava acostumado a receber elogios de uma pessoa que considerava especial.
Ele apenas deu um sorriso tímido, ainda um pouco surpreso com a situação.
— Ah... valeu. Só fiz o que tinha que fazer.
Stella deu uma risadinha, seu sorriso mais largo agora.
— Você e sua humildade, né? Você sabe muito bem o que fez. Até eu fiquei impressionada! — Ela riu, e Articos sentiu uma leve sensação de conforto.
Algo na maneira como Stella falou fez ele se sentir... bem.
— É só mais um dia normal. — ele respondeu com um sorriso discreto.
Ela deu um leve soco no ombro dele.
— Se continuar assim, você vai ser o novo rei do basquete da escola, Já está conquistando o seu reinado.
O garoto olhou para ela, sem saber se ela estava apenas provocando ou realmente falando sério.
— Tô afim não, quero mais é paz. — Disse Articos.
Stella se afastou lentamente, indo em direção a suas amigas, mas... Se virou mais uma vez
— Esse garoto... — Ela murmurou para si mesma. — Ele não me engana, é mais do que parece.
Por enquanto, ela se contentava em observá-lo de longe, esperando o momento certo para descobrir mais sobre ele.
E, de alguma forma, ela sabia que seria um bom momento para continuar se aproximando.
Com o jogo finalmente terminado, o ginásio se esvaziou lentamente.
Articos e seus amigos estavam prontos para ir embora, cansados, mas com o espírito elevado pela vitória.
Enquanto caminhavam pelo corredor, Richard se virou para Articos e comentou.
— Vamos parar de provocar o cara por um tempo. Ele já sabe que é o melhor.
E com uma risada geral, eles saíram para o resto da tarde, sabendo que aquele seria um dia para lembrar.
Articos, embora com a mente ocupada com tantas coisas, não pode deixar de sentir que aquele momento, por mais simples que fosse, era algo que ele precisava viver.
A vitória era deles, mas as perguntas sobre o que vinha a seguir ainda pairavam no ar.