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Capítulo 6

Tai: É, por que é que você acha que não vai morrer, sendo que está amarrado e daqui a pouco os guardas do rei vão chegar para levar seu amigo?

Jin: Em primeiro lugar, ele não é meu amigo. Em segundo lugar, se vocês quisessem me matar, já teriam feito isso quando me desmaiaram ontem à noite. Em terceiro lugar, eu não estou mais amarrado.

[Jin levanta as mãos para o alto. Um som de energia estalando enche o ar enquanto ele sussurra:]

Jin: The fastest.

[Faíscas azuis começam a correr por todo o seu corpo, como se a eletricidade estivesse viva sobre a pele. A magia “The fastest” ativa — seus músculos vibram e seus movimentos se tornam quase invisíveis, mais rápidos do que um olhar pode acompanhar.]

Tai: Desgraçado! JT, pega ele!

[JT, o homem à esquerda de Tai, dispara em direção a Jin com um rugido. Mas antes que possa alcançar o alvo, Kenje sussurra discretamente:]

Kenje: Light sword.

[Uma lâmina de pura luz surge no ar e atravessa o peito de JT, parando-o no ato. Seu corpo desaba.]

Kenje: Um já foi.

Tai: Que ódio! Agora é com você, P. Eles mataram o JT!

[Tai vira a cabeça para o outro lado. Seu rosto empalidece ao ver P com a garganta cortada, caído no chão. Ao lado dele, Jin segura uma faca ainda suja de sangue.]

Kenje: Jin, me desamarra aqui!

[Tai, percebendo a situação, murmura com raiva contida:]

Tai: Flames.

[Labaredas altas se erguem do chão do quarto, avançando rápido pelas paredes de madeira. Jin corre até Kenje e rompe as amarras, mas Tai aproveita o caos para fugir.]

[Antes de sair, ela se abaixa rapidamente, agarra as bolsas de Jin e Kenje — que estavam jogadas perto da parede — e corre até a porta. Ao sair, bate com força e gira a chave do lado de fora, trancando o quarto.]

[As chamas logo impedem qualquer tentativa de alcançar a saída.]

Jin: Droga... ela possivelmente trancou a porta. Kenje, vai pra janela!

[Kenje corre, mas ao olhar pela janela, seus olhos se arregalam.]

Kenje: Pera aí... pera aí, Jin. Você não quer pular, né?

Jin: Não, tá de boa. Se você quiser ficar aqui dentro e queimar até virar pó, pode ficar.

Kenje: Mas a gente tá no quinto andar! Se a gente pular, o melhor que pode acontecer é a gente visitar Jesus!

Jin: Pera aí... você tava querendo pular lá pra baixo?

Kenje: Tem como pular pra cima?

Jin: Eu tava falando pra gente pular pra casa da frente!

Kenje: Na próxima vez, tenta ser mais claro. Eu quase pulei!

[Sem mais discussão, Jin e Kenje pulam para o prédio da frente. Aterrissam sobre o telhado e abrem um buraco para descer.]

[Agora em segurança, ambos respiram fundo.]

Kenje: Ok... você vai ter que me explicar como tudo isso aconteceu.

Jin: O que aconteceu foi que eu me enganei. Isso não vai acontecer de novo.

Kenje: Como assim você se enganou?

Jin: Eu senti o cheiro do perfume dela. E era igual ao de uma amiga minha... então eu fui abrir a porta.

[Algumas horas antes…]

[Alguém bate na porta do quarto. Jin se levanta com desconfiança.]

Jin: Tô indo! Quem é a essa hora?

[Enquanto se aproxima, ele sente o cheiro doce do perfume no ar.]

Jin: Pera aí... esse cheiro... é o perfume da Yuri? O que ela tá fazendo aqui? O senhor Dragon disse que era pra eu fazer isso tudo sozinho...

[Ele abre a porta. Do outro lado, uma garota desconhecida sorri. Antes que Jin possa reagir, um golpe atinge sua cabeça e tudo escurece.]

[De volta ao presente]

Kenje: Tá... e quem foi que desligou você?

Jin: Eu não sei. Não consegui ver quem era. Acho que era um daqueles dois que a gente matou.

Kenje: E você não conseguiu sentir o fluxo de mana de nenhum deles?

Jin: Não, não. Possivelmente, eles estavam escondendo o fluxo de mana.

Kenje: Mesmo que estivessem escondendo, você poderia sentir se tivesse prestado mais atenção.

Jin: É, eu sei. Tô ligado. Não vai acontecer de novo.

Kenje: Ok, ok. Então... o que a gente vai fazer agora?

Jin: Vamos falar com o mensageiro. Possivelmente, ele já chegou.

Kenje: Ok, por mim tudo bem. Eu não tenho nada melhor pra fazer mesmo.