Tai: É, por que é que você acha que não vai morrer, sendo que está amarrado e daqui a pouco os guardas do rei vão chegar para levar seu amigo?
Jin: Em primeiro lugar, ele não é meu amigo. Em segundo lugar, se vocês quisessem me matar, já teriam feito isso quando me desmaiaram ontem à noite. Em terceiro lugar, eu não estou mais amarrado.
[Jin levanta as mãos para o alto. Um som de energia estalando enche o ar enquanto ele sussurra:]
Jin: The fastest.
[Faíscas azuis começam a correr por todo o seu corpo, como se a eletricidade estivesse viva sobre a pele. A magia “The fastest” ativa — seus músculos vibram e seus movimentos se tornam quase invisíveis, mais rápidos do que um olhar pode acompanhar.]
Tai: Desgraçado! JT, pega ele!
[JT, o homem à esquerda de Tai, dispara em direção a Jin com um rugido. Mas antes que possa alcançar o alvo, Kenje sussurra discretamente:]
Kenje: Light sword.
[Uma lâmina de pura luz surge no ar e atravessa o peito de JT, parando-o no ato. Seu corpo desaba.]
Kenje: Um já foi.
Tai: Que ódio! Agora é com você, P. Eles mataram o JT!
[Tai vira a cabeça para o outro lado. Seu rosto empalidece ao ver P com a garganta cortada, caído no chão. Ao lado dele, Jin segura uma faca ainda suja de sangue.]
Kenje: Jin, me desamarra aqui!
[Tai, percebendo a situação, murmura com raiva contida:]
Tai: Flames.
[Labaredas altas se erguem do chão do quarto, avançando rápido pelas paredes de madeira. Jin corre até Kenje e rompe as amarras, mas Tai aproveita o caos para fugir.]
[Antes de sair, ela se abaixa rapidamente, agarra as bolsas de Jin e Kenje — que estavam jogadas perto da parede — e corre até a porta. Ao sair, bate com força e gira a chave do lado de fora, trancando o quarto.]
[As chamas logo impedem qualquer tentativa de alcançar a saída.]
Jin: Droga... ela possivelmente trancou a porta. Kenje, vai pra janela!
[Kenje corre, mas ao olhar pela janela, seus olhos se arregalam.]
Kenje: Pera aí... pera aí, Jin. Você não quer pular, né?
Jin: Não, tá de boa. Se você quiser ficar aqui dentro e queimar até virar pó, pode ficar.
Kenje: Mas a gente tá no quinto andar! Se a gente pular, o melhor que pode acontecer é a gente visitar Jesus!
Jin: Pera aí... você tava querendo pular lá pra baixo?
Kenje: Tem como pular pra cima?
Jin: Eu tava falando pra gente pular pra casa da frente!
Kenje: Na próxima vez, tenta ser mais claro. Eu quase pulei!
[Sem mais discussão, Jin e Kenje pulam para o prédio da frente. Aterrissam sobre o telhado e abrem um buraco para descer.]
[Agora em segurança, ambos respiram fundo.]
Kenje: Ok... você vai ter que me explicar como tudo isso aconteceu.
Jin: O que aconteceu foi que eu me enganei. Isso não vai acontecer de novo.
Kenje: Como assim você se enganou?
Jin: Eu senti o cheiro do perfume dela. E era igual ao de uma amiga minha... então eu fui abrir a porta.
[Algumas horas antes…]
[Alguém bate na porta do quarto. Jin se levanta com desconfiança.]
Jin: Tô indo! Quem é a essa hora?
[Enquanto se aproxima, ele sente o cheiro doce do perfume no ar.]
Jin: Pera aí... esse cheiro... é o perfume da Yuri? O que ela tá fazendo aqui? O senhor Dragon disse que era pra eu fazer isso tudo sozinho...
[Ele abre a porta. Do outro lado, uma garota desconhecida sorri. Antes que Jin possa reagir, um golpe atinge sua cabeça e tudo escurece.]
[De volta ao presente]
Kenje: Tá... e quem foi que desligou você?
Jin: Eu não sei. Não consegui ver quem era. Acho que era um daqueles dois que a gente matou.
Kenje: E você não conseguiu sentir o fluxo de mana de nenhum deles?
Jin: Não, não. Possivelmente, eles estavam escondendo o fluxo de mana.
Kenje: Mesmo que estivessem escondendo, você poderia sentir se tivesse prestado mais atenção.
Jin: É, eu sei. Tô ligado. Não vai acontecer de novo.
Kenje: Ok, ok. Então... o que a gente vai fazer agora?
Jin: Vamos falar com o mensageiro. Possivelmente, ele já chegou.
Kenje: Ok, por mim tudo bem. Eu não tenho nada melhor pra fazer mesmo.