WebNovelReikon61.54%

Capítulo 8

O sol ainda mal tocava o horizonte quando o informante os levou para dentro da casa. Apesar da aparência humilde por fora, o interior revelava escadas secretas, passagens estreitas e um silêncio desconfortável que contrastava com o barulho das ruas acima.

Sem trocar uma palavra, o informante os guiou escada abaixo — um, dois, três, até chegarem ao quarto andar inferior. Lá, a iluminação era quente e o ambiente surpreendentemente confortável. No centro da sala, sentada com elegância e um leve sorriso nos lábios, estava Mio.

---

Jin: Oi, senhora Mio.

Mio se levanta e abraça Jin com carinho.

Mio: Oi, Jin. Como você cresceu! Da última vez que te vi, era tão pequeno.

Jin: Na última vez, eu só tinha 10 anos.

Mio solta Jin, rindo suavemente.

Mio: Verdade. Mas o que você está fazendo com o Cerberus?

Kenje: Como você sabe disso?

Mio: Não fique surpreso, garoto. Meu trabalho é saber, e mesmo com toda a influência que tenho, só consegui uma descrição sua sem máscara. Eu nunca imaginei que você viesse até mim algum dia.

Jin: Kenje, a senhora Mio tem olhos, bocas e ouvidos em todos os lugares. Ela consegue achar pessoas ou obter qualquer informação que você precise.

Kenje: Entendi, Mio. Você conhece o Zick?

Mio: Sim, somos velhos amigos.

Kenje: Ele pediu para você me encontrar para ele?

Mio: Se você não se importa, não falo sobre os meus outros clientes.

Jin: Mio e Kenje, podemos voltar para o que realmente interessa?

Mio: Claro, fofinho. Vamos para o meu escritório.

Mio os leva por uma porta lateral para um cômodo reservado, com paredes forradas de estantes, documentos e telas holográficas.

Mio: Então, Jin, ontem você me disse que queria saber sobre um tal de Akuma, certo?

Jin: Sim, senhora Mio, mas eu queria saber sobre outra coisa antes.

Mio: É sobre a Tai?

Kenje: Como você sabe disso? Isso aconteceu há poucos minutos.

Mio: Zick me disse que Jin estava vindo pra cá, então mandei alguém ficar de olho. Jin percebeu e aproveitou para mandar uma mensagem por ela perguntando sobre o Akuma.

Kenje: A menina que estava com ele era a informante?

Jin: Sim. Mas, senhora Mio, o que você sabe sobre a Tai?

Mio: Nada de mais. Tudo que sei é que ela trabalha para a Matilha.

Kenje: Matilha?

Mio: Sim, não é muito conhecida por aqui. Mesmo assim, têm pessoas trabalhando como a Tai, roubando tudo que conseguem para o chefe dela vender.

Jin: E você sabe onde é o esconderijo deles, senhora Mio?

Mio: Sim, mas não acho que vocês dois vão conseguir fazer nada sozinhos.

Kenje: Você está subestimando a gente. Podemos dar fim a uma gangue pequena.

Mio: Ok. Eles estão na cidade de Kuraymi, duas ou três cidades daqui indo para o sul. Agora, se me der licença, tenho outras coisas para fazer.

Mio os acompanha até a saída com a mesma calma enigmática de sempre. Seus olhos observam os dois descendo os degraus de volta à superfície — como se já soubesse o que viria a seguir.