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capítulo 10

Depois de procurarem por bastante tempo por uma loja de armas na aldeia, sem sucesso, Jin e Kenje estavam começando a perder a paciência. Eles já tinham vasculhado cada rua, cada esquina, e até perguntado para alguns comerciantes, mas nenhuma loja de armas existia naquele lugar.

Jin: — Ok, oficialmente não há nenhuma loja de armas nesta aldeia.

Kenje: — Então é só a gente ir comprar suas adagas na próxima aldeia. A propósito, qual é o nome da próxima aldeia?

[Jin abre o mapa e analisa por alguns segundos.]

Jin: — O nome da próxima aldeia é Yume. Eu já passei por lá. Essa aldeia tem esse nome por causa da fundadora.

Kenje: — Ok. Então vamos ver se lá a gente não encontra uma loja pra você comprar suas adagas.

Jin: — Infelizmente não vai dar. Aquela aldeia é totalmente pacifista, e armas como adagas, espadas ou qualquer coisa do tipo são proibidas.

Kenje: — Eu não entendo por que algumas aldeias proibiriam o uso de armas.

Jin: — Eu ouvi dizer que lá eles mantêm a paz com o exército da rainha. Dizem que o exército dela é tão forte que não precisam de armas para se defender.

Kenje: — Espera aí. A rainha da aldeia de Yume usa o exército pessoal dela pra defender a aldeia? Eu achava que os reis e rainhas só usassem seus exércitos pra benefício próprio.

Jin: — É, mas pelo que eu sei, você só conheceu um rei, ou estou enganado?

Kenje: — Você está enganado. Eu conheci um monte de reis, alguns que não são mais reis e outros que eu queria que não fossem mais.

Jin: — Ok, vamos logo. A gente ainda tem muita coisa pra fazer.

[Então Jin e Kenje seguem viagem em direção à próxima aldeia, Yume. Eles cortam caminho por uma floresta densa, cheia de árvores altas e trilhas estreitas. Enquanto caminham, Jin para de repente, atento a um som vindo de dentro da mata.]

Jin: — Kenje, você ouviu isso?

Kenje: — O quê? Você tá louco?

[Jin aponta para a direção do som, franzindo o cenho.]

Jin: — Eu não sei, mas pareceu o som de uma caixa caindo.

Kenje: — Tá certo. Você quer aproveitar que ninguém consegue sentir sua mana e ir lá ver?

Jin: — Ok, me dá dois minutos, pode ser até menos.

[Jin ativa sua magia The Festast, desaparecendo quase completamente na sombra das árvores.]

Kenje: — Ok, mas lembra, se você não voltar em dois minutos, eu vou atrás de você.

Jin: — Eu não sei se isso foi uma ameaça ou se você tá preocupado comigo.

[Com movimentos ágeis, Jin começa a pular de árvore em árvore, se deslocando rapidamente em direção ao som. Após alguns minutos, ele chega perto de uma clareira e observa, escondido entre os galhos. Lá embaixo, ele vê um grupo de bandidos acampando. Eles estavam acorrentando pessoas, claramente escravizadas, enquanto organizavam caixas e tendas.]

Jin: — (Pensando) Eu não sei... Não acho que isso seja problema nosso. Além disso, eu não vou receber nada se eu ajudar. Melhor falar com o Kenje.

[Jin retorna rapidamente até onde Kenje estava esperando.]

Kenje: — E aí, você viu alguma coisa ou achou alguém?

Jin: — Então, tem pessoas lá escravizando outras. São por volta de 10 bandidos e 17 escravizados.

Kenje: — Ok. Deixa eles lá, isso não é problema nosso.

Jin: — Eu acho que talvez seja.

Kenje: — Como assim?

Jin: — Eu estou querendo duas adagas, certo? E se por acaso eles tiverem, a gente pode só chegar lá e tentar comprar ou talvez roubar.

Kenje: — Você viu se eles tinham algum tipo de mercadoria?

Jin: — Então, eles estavam terminando de arrumar o acampamento. Se eles tinham algum tipo de mercadoria, possivelmente está dentro de uma das tendas deles.

Kenje: — Tá certo. Então bora lá. Você disse que são só 10, não é? Então não devem dar muito trabalho.