investigação

Riyeon e Anya estavam sentadas no quarto, o notebook aberto exibindo diversas abas de pesquisa sobre a família de Harin, Kyler e jornalistas que costumavam espalhar rumores suspeitos. O silêncio era apenas interrompido pelo som das teclas sendo pressionadas rapidamente. Ambas sabiam que algo não se encaixava na história de Harin e estavam determinadas a descobrir o que era.

— Isso aqui é estranho — murmurou Riyeon, apontando para a tela. — Olha isso, amor. Tem um jornalista chamado Min Junsu que publicou quase todas as matérias sensacionalistas sobre Harin e Kyler. E adivinha? Ele tem conexões diretas com a mãe da Harin.

— Isso explica muita coisa — Anya disse, olhando para a tela. — A mãe dela deve estar pagando para moldar a narrativa que quer. Mas como provamos isso? Não é estranho esse namorado aparecer no mesmo tempo que Harin fica sozinha?

Riyeon franziu o nariz, pensativa.

— Realmente, é bem estranho. Até parece que é combinado. Precisamos de uma aproximação — Riyeon disse, fechando o notebook. — Min Junsu adora mulheres bonitas. Ele já deu entrevistas falando sobre como "adora socializar com gente influente". Acho que posso ser exatamente isso para ele.

— Você vai se aproximar dele? — Anya arregalou os olhos. — Isso é arriscado, Riyeon. Ele pode ser esperto.

— E eu também sou — Riyeon piscou. — Preciso que você continue pesquisando enquanto eu descubro o máximo que puder dele pessoalmente. Vamos descobrir se ele está sendo pago por fora para espalhar esses rumores.

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No dia seguinte, Riyeon colocou seu melhor sorriso e foi até um evento onde sabia que Min Junsu estaria presente. O lugar estava cheio de influenciadores e jornalistas, todos se misturando e trocando informações como se fossem cartas de baralho. Anya e Jiwon estavam do lado de fora, esperando.

Riyeon encontrou Min Junsu no bar, conversando com um outro repórter. Esperou o momento certo e se aproximou, fingindo esbarrar nele acidentalmente.

— Ah, desculpe! — disse com um sorriso tímido. — Acho que esbarrei em você.

Junsu a olhou de cima a baixo e sorriu de volta.

— Sem problemas. Você me parece familiar... já nos conhecemos?

— Sou Lee Riyeon. — Ela estendeu a mão e segurou seu olhar. — Faço parte do círculo da Harin.

Ele arqueou uma sobrancelha, interessado.

— Harin? A modelo? Que coincidência... Esse nome também me é familiar... Você por acaso é filha dos Lee, donos do hospital?

Riyeon riu baixinho, como se estivesse achando graça.

— Sou a filha mais nova deles.

— Humm... Isso é interessante. Me diga, o que traz você aqui?

— Para ser sincera, estou um pouco preocupada com Harin. Você parece saber muito sobre a vida dela. Não acha que a mídia está pegando pesado?

Junsu riu, balançando a cabeça.

— Isso se chama jornalismo. As pessoas querem saber, e nós damos as histórias para elas.

Riyeon fingiu pensar, brincando com seu copo.

— Mas e quando alguém paga para essas histórias serem escritas? A mãe dela, por exemplo... ouvi boatos de que ela tem influência sobre certas matérias.

Os olhos de Junsu brilharam, mas ele disfarçou rapidamente.

— Quem te disse isso?

Riyeon sorriu misteriosa.

— Eu ouço muitas coisas. Mas preciso saber se são verdadeiras.

Junsu olhou ao redor, verificando se alguém estava ouvindo. Então, inclinou-se um pouco mais perto.

— Digamos que algumas informações chegam a mim de forma conveniente. Mas isso é entre nós, certo?

Riyeon segurou a respiração, sentindo que estava perto de algo grande. Ela precisava continuar jogando bem suas cartas.

Enquanto isso, Anya, do lado de fora, recebeu uma notificação em seu celular. Era uma mensagem anônima com um anexo. Quando abriu, seu coração disparou. Eram registros financeiros de pagamentos feitos pelo escritório da mãe de Harin para Min Junsu.

As peças estavam finalmente se encaixando.

— Jiwon... Olha isso — ela mostra a mensagem no telefone.

— Quem te enviou isso?

— Riyeon contratou um detetive para descobrir, acho que ele conseguiu. Será que ela vai demorar a sair?

Anya olha em direção à entrada. A movimentação lá dentro era intensa, muito entra e sai. E não demorou muito para Riyeon sair com seu vestido brilhante e olhar determinado.

— Me diga que você conseguiu descobrir alguma coisa — pergunta Jiwon, com um misto de curiosidade.

— Mais que isso — ela mostra o cartão do escritório que Junsu trabalhava. — Ele me passou todas as informações que queríamos. Disse que, de fato, está recebendo por fora para espalhar os rumores do namoro da Harin.

— Isso faz conexão direta com os comprovantes de pagamento. O detetive me enviou os prints.

— Parece que Harin está envolta em uma teia, e talvez nem saiba disso. Não estou certa se esse namorado voltou para ajudar ou atrapalhar.

— Tem razão. Precisamos falar com ela — diz Jiwon, convicta de que estavam indo no caminho certo.

— E quanto a Daehyn? — Anya intervém. — Ela precisa saber disso também.

Riyeon hesita, mas assente.

— Sim, mas com cuidado. Ela já está machucada o suficiente.

As três trocaram olhares cúmplices. Não importava o que acontecesse a seguir, estavam decididas a proteger Harin — mesmo que fosse contra a própria família dela.