Harin estava no escritório Kim Advocacia, esperando ansiosamente para assinar um contrato milionário. Ela seria a mais nova modelo contratada da Prada. Woobin e ela já tinham acertado tudo, só faltava finalizar o contrato. Senhora Kim estava muito feliz com o acordo.
Como Woobin estava tratando de negócios fora da cidade, Kyler se ofereceu para acompanhá-la. Como era um dia muito feliz para sua carreira, Harin permitiu, sem desconfiar dele.
— Esse é o primeiro passo para uma grande parceria, Harin. Tenho certeza de que você vai crescer ainda mais dentro da marca — Sr. Kim estendeu a mão com um sorriso.
— Espero que sim. Obrigada por toda ajuda — Harin levantou-se e se despediu.
Kyler estava em silêncio, seguindo-a pelo corredor do escritório. Ele pediu licença para ir ao banheiro, e nesse intervalo, ela decidiu ligar para Woobin. No segundo toque, ele atendeu.
— Você já desembarcou? — perguntou ela. Ela ouvia vozes ao fundo.
— Sim. Acabei de sair do avião. Estou no aeroporto. Como foi a assinatura, deu tudo certo?
— Sim. Contrato carimbado e assinado! — Ela disse com um sorriso.
— Perfeito! Eles vão me mandar o briefing das sessões de fotos. Vamos reorganizar sua agenda. Me desculpe por não estar presente nesse momento importante.
— Está tudo bem. Eu não vim sozinha de qualquer forma.
— Quem foi com você? — perguntou ele curioso, temendo que fosse Daehyn.
— O Kyler veio comigo.
— O Kyler Samuels? O que ele está fazendo na Coreia?
— Como assim... Não foi você quem o chamou? — Harin parou no meio do corredor.
— Não. Por que eu faria isso? Não vejo esse cara desde que vocês terminaram.
Harin franziu o rosto, confusa. Kyler tinha dito a ela que fora Woobin quem ligou para ele.
— Ué... Se não foi você quem o chamou... Quem foi então?
Nesse instante, Kyler saiu do banheiro e sorriu para ela. Harin ainda estava com o telefone na orelha.
— Terminei. Agora podemos ir — disse ele, sem perceber o que acontecia.
— Harin, ainda está aí? — perguntou Woobin, a voz carregada de preocupação.
— Eu te ligo depois — disse ela, desligando antes que ele pudesse insistir.
Woobin ficou sem entender absolutamente nada. Mas pediria explicações depois. Harin fixou os olhos em Kyler, intrigada.
— O que foi? Está me achando bonito? — Ele soltou um sorriso de lado.
Harin pensou um pouco. Será que seria uma boa confrontá-lo agora? Ele parecia tão confiante, tão seguro de que ela não suspeitava de nada.
Eles saíram do prédio e caminharam até o carro. O motorista abriu a porta para Harin, mas, antes de entrar, ela se virou para Kyler.
— Por que você voltou? — perguntou, de forma direta.
— Como assim? — Ele arqueou a sobrancelha.
— Você disse que foi Woobin quem te chamou. Mas ele não fez isso. Então, por que voltou? Quem realmente te mandou para cá?
O sorriso de Kyler vacilou por um breve instante. Um instante que Harin não deixou passar despercebido.
— Você está paranoica, Harin. Eu voltei porque senti que devia algo a você. E porque achei que poderíamos ser amigos de novo.
— E se eu não quiser sua amizade?
Kyler deu um passo à frente, seu rosto adquirindo um tom mais sério.
— Você não tem escolha.
Harin sentiu um arrepio. A frase dele não era apenas uma provocação.
Ela entrou no carro e ficou em silêncio durante todo o caminho. Seu coração estava acelerado. Woobin precisava saber disso. Anya, Jiwon e Riyeon também. Tinha alguma coisa acontecendo nos bastidores, coisa essa que ela não conseguia enxergar completamente.
Seu celular vibrou em sua mão, era uma mensagem da Riyeon:
"Riyeon: Preciso falar com você. É urgente."