O céu estava nublado, e o vento frio soprava com força sobre o convés do navio. Seraphina, ainda sob a identidade de Choi Eun-kyung, estava em pé na proa, seus olhos fixos no horizonte. O mar agitado refletia o turbilhão de emoções que ela sentia. Ethan estava ao seu lado, seu olhar calculista e seu sorriso sempre presente, como se soubesse algo que ela não sabia.
"Você está pronta?" ele perguntou, sua voz carregada de uma mistura de curiosidade e desafio.
"Eu sempre estou pronta," Seraphina respondeu, sua voz firme, mas seus olhos brilhando com uma determinação silenciosa. Ela sabia que o que estava por vir não seria fácil, mas ela estava disposta a enfrentar qualquer coisa para cumprir sua missão.
Ethan riu baixinho, como se admirasse sua coragem. "Bom, porque o que vem a seguir não é para os fracos de espírito."
Depois de um tempo o céu estava carregado de nuvens pesadas, e o vento cortante soprava com força sobre o convés do navio. O mar agitado batia contra o casco, criando um som constante e inquietante. Seraphina, ainda sob a identidade de Choi Eun-kyung, estava em pé na proa, seus olhos fixos no horizonte. Ela usava um casaco simples, mas sua postura era de alguém que não se deixava intimidar pelo ambiente hostil. Seus cabelos castanhos balançavam ao vento, e seus olhos, sempre atentos, observavam cada movimento ao seu redor.
Ethan se aproximou dela, seu sorriso habitual estampado no rosto. Ele parecia relaxado, como se estivesse em um passeio casual, mas Seraphina sabia que ele estava sempre calculando, sempre observando.
"Você está quieta," ele comentou, apoiando-se no corrimão ao lado dela. "Nervosa?"
"Curiosa," ela respondeu, sem desviar o olhar do horizonte. "Eu não gosto de entrar em lugares desconhecidos sem saber o que esperar."
Ethan riu baixinho, como se admirasse sua cautela. "Justo. Mas saiba que a Ordem de Érebo não é um lugar para os despreparados. O que você vai enfrentar lá vai testar tudo em você: corpo, mente e alma."
Seraphina finalmente olhou para ele, seus olhos brilhando com uma determinação silenciosa. "Eu não estou aqui para falhar."
Ethan manteve o sorriso, mas havia algo sombrio em seus olhos. "Bom, porque muitos entram, mas poucos saem."
Enquanto o navio continuava a navegar, Seraphina decidiu explorar o convés. Ela sabia que, entre os outros participantes, haveria potenciais aliados e inimigos, e ela precisava avaliar a situação. O convés estava cheio de pessoas de todas as origens: alguns pareciam ex-militares, outros criminosos, e alguns tinham uma aura de mistério que era difícil de decifrar.
Ela se aproximou de um grupo que estava conversando perto da popa. Eles pareciam confiantes, quase arrogantes, e Seraphina sabia que esse tipo de pessoa poderia ser perigosa. Um deles, um homem alto e musculoso com uma cicatriz no rosto, olhou para ela com desdém.
"O que você está olhando?" ele perguntou, sua voz carregada de provocação.
Seraphina manteve a calma, mas seus olhos brilharam com um aviso silencioso. "Apenas observando. Algo errado com isso?"
O homem deu um passo à frente, seu olhar desafiador. "Aqui não é lugar para fracotes. Se você não aguenta o tranco, é melhor pular do navio agora."
Seraphina não recuou. Em vez disso, ela deu um passo à frente, fechando a distância entre eles. "Eu não sou fraca," ela disse, sua voz firme e carregada de uma ameaça velada. "E se você continuar me provocando, vai descobrir isso da pior maneira."
O grupo riu, mas a risada era nervosa. O homem com a cicatriz olhou para ela por um momento, como se estivesse avaliando sua determinação, e então recuou, levantando as mãos em um gesto de falsa rendição.
"Tudo bem, tudo bem," ele disse, seu sorriso ainda desdenhoso. "Só não diga que eu não avisei."
Seraphina não respondeu. Ela simplesmente virou as costas e se afastou, sabendo que havia marcado seu território. Ela não estava lá para fazer amigos, mas também não permitiria que ninguém a subestimasse.
Mais tarde, enquanto o navio se aproximava da ilha, a tensão entre os participantes aumentava. Seraphina estava sentada em um canto, observando as interações ao seu redor, quando ouviu gritos vindos do outro lado do convés. Ela se levantou e se aproximou, vendo dois homens brigando. Um deles era o mesmo homem com a cicatriz que havia a provocado antes, e o outro era um participante mais jovem, que parecia estar tentando se defender.
"Você acha que pode chegar aqui e se dar bem?" o homem com a cicatriz gritou, segurando o jovem pela gola da camisa. "Aqui não é lugar para crianças!"
O jovem tentou se soltar, mas era claramente mais fraco. Seraphina observou por um momento, avaliando a situação, e então decidiu intervir.
"Deixe ele em paz," ela disse, sua voz firme e carregada de autoridade.
O homem com a cicatriz olhou para ela, seu olhar desafiador. "E você vai me impedir?"
Seraphina não respondeu. Em vez disso, ela deu um passo à frente e, com um movimento rápido e preciso, desarmou o homem, fazendo-o soltar o jovem. Ele olhou para ela com surpresa, mas logo sua expressão se transformou em raiva.
"Você vai se arrepender disso," ele disse, avançando em sua direção.
A luta foi rápida, mas intensa. O homem com a cicatriz era forte, mas Seraphina era rápida e habilidosa. Ela desviou de seus golpes com facilidade, usando sua agilidade para contra-atacar. Em questão de segundos, ele estava no chão, segurando o braço torcido e resmungando de dor.
"Eu avisei," Seraphina disse, sua voz calma, mas carregada de uma ameaça silenciosa. "Não me provoque."
O jovem que ela havia salvado olhou para ela com admiração e gratidão. "Obrigado," ele disse, sua voz trêmula.
Seraphina apenas assentiu, sem dizer mais nada. Ela sabia que, naquele ambiente, qualquer sinal de fraqueza poderia ser explorado. Ela não estava lá para fazer amigos, mas também não permitiria que injustiças acontecessem diante de seus olhos.
Quando o navio finalmente atracou na ilha, a tensão entre os participantes era palpável. Ethan se aproximou de Seraphina, seu sorriso habitual estampado no rosto.
"Você causou um rebuliço lá atrás," ele comentou, sua voz carregada de uma mistura de admiração e cautela.
"Eu só estava mantendo a ordem," Seraphina respondeu, sua voz firme. "Algo errado com isso?"
Ethan riu baixinho. "Não, não. Apenas lembre-se de que, na Ordem de Érebo, nem todos vão gostar de você. E alguns vão tentar te derrubar."
"Eu já esperava isso," Seraphina disse, seus olhos brilhando com uma determinação silenciosa. "Eu não estou aqui para fazer amigos."
Ethan olhou para ela por um momento, como se estivesse avaliando sua determinação, e então assentiu. "Bom. Porque o que vem a seguir não é para os fracos de espírito."
Ele a levou até uma entrada escondida nos penhascos. A porta era enorme, feita de metal escuro e adornada com símbolos estranhos que pareciam pulsar com uma energia sinistra. Ethan digitou um código em um painel ao lado, e a porta se abriu com um som baixo e ameaçador.
"Dentro dessas paredes, você será testada de maneiras que nunca imaginou," Ethan explicou, sua voz agora séria. "A Ordem de Érebo não aceita qualquer um. Para se juntar a nós, você precisará provar que é digna."
Seraphina olhou para ele, seus olhos brilhando com uma mistura de determinação e cautela. "E como eu faço isso?"
Ethan sorriu, mas havia algo sombrio em sua expressão. "Você enfrentará cinco fases de testes. Cada uma delas foi projetada para desafiar não apenas suas habilidades físicas, mas também sua mente e sua alma. Não posso te dizer o que esperar, porque isso daria vantagem aos outros participantes. Mas saiba isso: muitos entram, mas poucos saem."
Seraphina sentiu um nó se formar em sua garganta, mas ela não permitiu que o medo a dominasse. "Eu não estou aqui para falhar."
Ethan riu, mas desta vez, havia algo quase admirável em seu olhar. "Eu sabia que você diria isso. Boa sorte, Choi Eun-kyung. Você vai precisar."
Ele deu um passo para trás, e a porta começou a se fechar. Seraphina olhou para ele pela última vez, seus olhos brilhando com uma determinação silenciosa. "Eu não preciso de sorte," ela disse, sua voz firme. "Eu só preciso de mim mesma."
A porta se fechou com um som final, e Seraphina ficou sozinha em um corredor escuro e silencioso. Ela respirou fundo, sentindo o peso da missão sobre seus ombros, mas também a determinação de não falhar.
O corredor levou-a a uma sala enorme, iluminada por luzes fracas e repleta de pessoas. Havia centenas, talvez milhares, de participantes, todos com expressões variadas: alguns pareciam confiantes, outros nervosos, e alguns até desesperados. Seraphina observou-os com cuidado, analisando cada rosto, cada movimento. Ela sabia que, entre aquelas pessoas, havia potenciais aliados e inimigos.
Ela encontrou um lugar para se sentar, longe da multidão, e começou a se preparar mentalmente para o que estava por vir. Enquanto ela fechava os olhos e respirava fundo, uma voz ecoou pela sala.
"Bem-vindos, candidatos," a voz disse, fria e impessoal. "Vocês estão aqui porque foram escolhidos para se juntar à Ordem de Érebo. Mas saibam que apenas os mais fortes, os mais inteligentes e os mais determinados sobreviverão."
Seraphina abriu os olhos, sua atenção totalmente focada na voz. Ela sabia que o jogo estava prestes a começar.
"A primeira fase começará em breve," a voz continuou. "Preparem-se. E lembrem-se: aqui, não há espaço para fraquezas."
A sala ficou em silêncio, a tensão no ar quase palpável. Seraphina sentiu um frio na espinha, mas ela não permitiu que o medo a dominasse. Ela estava pronta para enfrentar qualquer coisa que a Ordem de Érebo jogasse contra ela.
Enquanto Seraphina esperava, sua mente trabalhava rapidamente, tentando prever o que a primeira fase poderia ser. Ela sabia que, independentemente do desafio, ela precisaria manter a calma e usar suas habilidades ao máximo.
De repente, as luzes da sala se apagaram, e um som baixo ecoou pelas paredes. Seraphina ficou em alerta máximo, seus sentidos aguçados. Ela sabia que o primeiro teste estava prestes a começar.
"Boa sorte, Choi Eun-kyung," ela murmurou para si mesma, seus olhos brilhando com uma determinação silenciosa. "Você não pode falhar."
Seraphina entra na sala dos participantes, onde milhares de candidatos aguardam o início dos testes. A tensão está alta, e o mistério sobre o que está por vir cria uma atmosfera opressiva e emocionante. Seraphina está determinada a enfrentar qualquer desafio, mas ela sabe que os testes da Ordem de Érebo não serão fáceis.