Capítulo 44: Fogo no Planeta Diário

Cena: Metrópolis, Redação do Planeta Diário, Manhã

O Planeta Diário zumbia com o ritmo frenético de um dia de trabalho. Teclados clicavam, telefones tocavam, e o cheiro de café pairava no ar. Lois Lane, em um blazer azul e saia lápis, digitava furiosamente um artigo sobre os recentes ataques da LexCorp, seus olhos afiados como sempre. Clark Kent, de óculos e terno ligeiramente desalinhado, estava ao lado, revisando fotos de Jimmy Olsen, mas seu olhar desviava constantemente para Lois, um sorriso sutil nos lábios.

“Clark, para de me encarar como se eu fosse a manchete do dia,” disse Lois, sem tirar os olhos da tela, mas com um tom provocador. “Temos um prazo, e Perry tá no modo ‘tiranossauro’ hoje.”

Clark ajustou os óculos, inclinando-se mais perto, sua voz baixa e quente. “Desculpe, Lois, mas você é mais interessante que qualquer notícia. E esse blazer? Deve ser ilegal em pelo menos três estados.”

Lois finalmente olhou para ele, um sorriso travesso surgindo. “Kent, cuidado com esse charme kriptoniano. Aqui é meu território, e eu não me distraio fácil.” Ela se levantou, roçando o ombro nele ao passar, e sussurrou: “Mas guarde esse olhar pra depois do expediente.”

Antes que Clark pudesse responder, Jimmy Olsen passou correndo, segurando uma câmera. “Lois, Clark! Perry quer vocês na sala dele agora. Algo sobre Lex Luthor e um furo!”

Na sala de Perry, o editor-chefe brandia um charuto apagado. “Lane, Kent, temos um vazamento: a LexCorp tá financiando experimentos secretos em Gotham, ligados àquele ataque em Themyscira. Quero vocês dois no caso. E não voltem com ‘talvez’!”

Lois cruzou os braços, já planejando. “Lex nunca joga limpo, Perry. Se ele tá em Gotham, é grande. Clark, vamos precisar da Liga... e de um café forte.”

Clark sorriu, ajustando a gravata. “Café eu garanto. A Liga... bem, Barry e Kara já estão de olho.”

Perry apontou o charuto. “Nada de capas até terem a matéria! Agora vão!”

Cena: Laboratório STAR, Central City, Tarde

Enquanto Lois e Clark investigavam em Metrópolis, Barry, Kara e Cisco se reuniam no STAR Labs para analisar os dados do cristal de Brainiac destruído na batalha contra Neuroshade. A sala estava cheia de monitores, batatinhas (culpa de Barry) e um palito de alcaçuz na mão de Cisco.

Barry, jogando batatinhas pro alto, pegou uma com a boca. “Então, Lex tá em Gotham agora? Aposto que ele tá construindo um ‘Robô Careca 3000’ pra substituir o Neuroshade.”

Kara, flutuando com um donut, riu e roubou a sacola de batatinhas. “Robô Careca? Barry, Lex é mais do tipo ‘holograma com monólogo épico’. Cisco, o que o cristal tá dizendo?”

Cisco, girando na cadeira, apontou o alcaçuz. “O cristal tava conectado a um servidor em Gotham, provavelmente da Corte das Corujas. E tem mais: traços de vibrações temporais, como as da esfera do Thawne. Lex tá brincando com o tempo de novo.”

Barry parou, uma batatinha caindo no chão. “Tempo? Sério? Porque enfrentar o Thawne uma vez por ano já é meu limite. Cisco, cadê o ‘Desativador de Vilões Temporais’?”

Cisco jogou o alcaçuz pro alto, pegando com um giro. “Tô trabalhando nisso, Flash! Mas, por enquanto, temos o Disruptor Neural 2.0. E, Barry, você me deve um milkshake. Chocolate, sem granulado, ou tá fora do meu fã-clube dos petiscos.”

Kara caiu na gargalhada. “Fã-clube dos petiscos! Cisco, você precisa de um uniforme: ‘Herói do Alcaçuz’, com um cinto cheio de doces. Barry, paga o milkshake ou eu te jogo até Keystone City!”

Barry fingiu indignação, correndo em círculos ao redor de Cisco. “Vocês são cruéis! Tá bom, milkshake pra todo mundo... depois que a gente parar o Lex.”

Caitlin Snow, analisando um monitor, suspirou. “Vocês terminaram? O sinal em Gotham é forte, e Bruce já confirmou: a Corte tá envolvida. Lois e Clark estão investigando, mas precisamos estar prontos.”

Barry sorriu, parando com um vento que bagunçou os papéis. “Beleza, Cait. Vamos chamar a Liga e salvar o dia. Mas, Cisco, sério, faz o cinto de petiscos. É a arma do futuro.”

Cisco levantou o alcaçuz como uma espada. “Cinto de Petiscos Galácticos! Anotado. Barry, começa a polir meu troféu de gênio.”

Cena: Metrópolis, Telhado do Planeta Diário, Tarde

Após o expediente, Lois e Clark escaparam para o telhado do Planeta Diário, longe dos olhos curiosos de Jimmy e do rugido de Perry. O pôr do sol pintava Metrópolis de laranja, e o vento brincava com o cabelo de Lois. Ela, agora em sua armadura de Supermulher, segurava um tablet com dados de um informante sobre o bunker de Lex em Gotham. Clark, em seu uniforme de Superman, flutuava ao lado, mas seus olhos estavam fixos nela, não nos dados.

“Clark, foco,” disse Lois, mas seu tom era mais suave, quase provocador. “Lex tá trabalhando com a Corte, e esses sinais temporais são puro Thawne. Não temos tempo pra... distrações.”

Clark pousou, aproximando-se até que seus rostos estivessem a centímetros. “Lois, eu sou o homem mais rápido do mundo. Sempre tenho tempo pra você.” Ele roçou os dedos no braço dela, a voz baixa e cheia de calor. “E, admita, você gosta das distrações.”

Lois ergueu uma sobrancelha, mas seus olhos brilhavam com desejo. “Kent, você tá ficando ousado. Acho que Themyscira te deu ideias.” Ela deixou o tablet de lado, puxando-o pela capa até seus lábios quase se tocarem. “Mas, se quer jogar esse jogo, é melhor estar pronto pra perder.”

Clark sorriu, inclinando-se para um beijo que começou lento, mas logo se aprofundou, cheio de paixão. Lois passou os dedos pelo cabelo dele, enquanto ele a puxava mais perto, a armadura dela fria contra o calor de seu uniforme. Por um momento, o mundo — Lex, a Corte, o prazo de Perry — desapareceu.

Mas o comunicador de Lois bipou, quebrando o momento. A voz de Barry ecoou: “Ei, pombinhos, temos um problema! Cisco rastreou o sinal em Gotham, e é grande. Tipo, ‘Lex tá construindo um monstro’ grande. Reunião na Watchtower, agora!”

Lois afastou-se, rindo, mas ainda com um brilho nos olhos. “Allen, seu timing é péssimo. Tô indo.” Ela olhou para Clark, ajustando a armadura. “Isso não terminou, Smallville. Depois que chutarmos o traseiro do Lex, você me deve um jantar. E nada de poses amazônicas com a Diana.”

Clark riu, segurando a mão dela. “Jantar, sem capas, só nós. E, Lois, você é minha única amazona.”

Cena: Gotham, Laboratório Secreto da LexCorp, Noite

A Liga se reuniu em Gotham, guiada por Bruce, que já monitorava a Corte das Corujas. O laboratório secreto, escondido sob um galpão abandonado, pulsava com energia verde. Drones patrulhavam, e um novo inimigo emergiu: Mindbreaker, uma evolução de Neuroshade. Era uma armadura biomecânica, com tentáculos neurais e olhos vermelhos, criada pela LexCorp com tecnologia de Brainiac e financiada pela Corte. Mindbreaker podia hackear sistemas e induzir alucinações, tornando-o uma ameaça física e psicológica.

“Vocês são frágeis,” rugiu Mindbreaker, sua voz metálica ecoando. “Luthor me fez para quebrar suas vontades. A Corte governará, e a Liga cairá.”

Diana liderou o ataque, seu laço brilhando. “Sua arrogância será sua ruína, máquina.” Ela prendeu um tentáculo, mas Mindbreaker contra-atacou com uma onda neural, fazendo Diana reviver memórias de Themyscira em chamas.

Clark protegeu Lois, bloqueando um golpe. “Lois, fique comigo!” gritou, enquanto ela usava sua armadura para neutralizar a onda neural.

Lois, com um sorriso feroz, lançou uma onda de energia dourada. “Ninguém hackeia a Lane, seu lata-velha!” Ela e Clark lutaram em sincronia, ele com socos, ela com explosões de energia.

Barry correu, criando tornados para distrair Mindbreaker, enquanto zoava: “Ei, Mindbreaker, já pensou em ser DJ? Essas ondas neurais são tipo uma rave do mal!”

Kara, voando, disparou visão de calor. “Rave do mal? Barry, ele é mais ‘calculadora psicopata’! Cisco, alguma ideia?”

Cisco, via comunicador, gritou: “Tô hackeando o núcleo dele! Usem o Disruptor no peito da armadura. Vai fritar o sistema!”

Bruce, nas sombras, jogou um batarangue no núcleo de Mindbreaker, expondo um cristal de Brainiac. Diana e Kara o destruíram, enquanto Barry e Lois distraíam o vilão. Clark lançou um soco final, e Cisco ativou o Disruptor, desativando Mindbreaker, que colapsou em pedaços.

Cena: Metrópolis, Apartamento de Lois e Clark, Noite

Após a batalha, Lois e Clark voltaram para seu apartamento em Metrópolis, exaustos, mas vitoriosos. O sinal de Mindbreaker revelou que Lex planeja um ataque maior, mas, por agora, a Liga ganhou tempo. Lois, sem a armadura, vestia uma camiseta de Clark, enquanto ele, sem capa, preparava café.

Lois se aproximou, abraçando-o por trás. “Você foi incrível hoje, Smallville. Mas, sério, nada de deixar vilões entrarem na sua cabeça de novo.”

Clark virou-se, puxando-a para um beijo lento, suas mãos na cintura dela. “Lois, minha cabeça só tem espaço pra você. E, prometo, jantar amanhã. Só nós, sem vilões.”

Lois sorriu, seus lábios roçando os dele. “Melhor cumprir, Kent. Porque eu sou a Lane, e não aceito menos que o melhor.” Eles riram, o calor do momento apagando o caos do dia.

No STAR Labs, Barry, Kara e Cisco celebravam com milkshakes. Barry levantou o copo. “Ao melhor time! E, Cisco, cadê meu cinto de petiscos?”

Cisco riu, alcaçuz na mão. “Sonha, Allen! Mas, Kara, o ‘Cinto de Petiscos Galácticos’ tá no forno. Quem tá comigo?”

Kara brindou. “Eu! Mas, Barry, você paga os próximos donuts.”