Superman Prateado 12/20

O céu sobre Metrópolis estava carregado, as nuvens escuras refletindo a tormenta que se formava na cidade.

A transmissão ao vivo de Lois Lane e Jimmy Olsen, expondo as falhas das Sentinelas da LexCorp, reacendera a confiança de parte da população em Superman, mas Lex Luthor não era homem de recuar.

Seus drones continuavam patrulhando, e rumores de uma nova “arma definitiva” circulavam, alimentando o medo. No Planeta Diário, a redação vibrava com a energia de uma grande história, mas para Clark Kent e Lois Lane, o peso da verdade compartilhada

— e do que estava por vir

— tornava cada momento crucial.

Clark, sentado em sua mesa, segurava o cristal kryptoniano, sua luz pulsando em sincronia com seus pensamentos.

A mensagem de Jor-El sobre o Farol e o Devorador o assombrava, mas agora, com Lois sabendo quem ele era, ele sentia uma clareza nova. Eles eram uma equipe, e juntos poderiam enfrentar Luthor.

Mas o cristal revelara algo mais na noite anterior: o Farol, se ativado completamente, poderia enviar um sinal à colônia em Zorath

— ou atrair o Devorador para a Terra,

destruindo Metrópolis. A escolha entre salvar a cidade ou buscar seu povo era um fardo que ele não podia mais carregar sozinho.

Lois se aproximou, segurando um tablet com imagens de satélite roubadas por um contato anônimo.

“Clark, olha isso,” ela disse, apontando para uma instalação secreta da LexCorp nos arredores da cidade. “É um complexo subterrâneo, maior que o laboratório do Núcleo. Aposto que é onde Luthor tá guardando o resto do Farol.”

Clark estudou as imagens, sua visão telescópica confirmando a presença de tecnologia kryptoniana no local. “Você tá certa, Lois. Ele tá perto de ativar o Farol. Se ele conseguir, pode ser o fim.” Ele olhou para ela, a voz firme. “Precisamos invadir esse lugar. Hoje.”

Lois sorriu, um brilho desafiador nos olhos. “Já tava na hora de você pensar como eu, Kent. Mas não vou só como repórter. Se Luthor tá brincando com seu passado, eu quero estar lá pra chutar o traseiro dele com você.”

Clark riu, o som aliviando a tensão. “Combinado. Mas, Lois... isso vai ser perigoso. Promete que vai ficar em segurança.”

Ela bufou, pegando sua câmera. “Segurança é superestimado, Clark. Vamos.”

O complexo da LexCorp era um labirinto de túneis subterrâneos, escondido sob uma usina desativada.

Clark, como Superman, usou sua visão de raio-X para guiar Lois através das entradas de serviço, evitando drones de segurança. O cristal em seu bolso pulsava cada vez mais forte, reagindo à proximidade do Farol.

Eles chegaram a uma câmara central, onde um dispositivo colossal

— uma versão ampliada do cubo alienígena — brilhava com energia verde, conectado a fragmentos do Farol. No centro, Lex Luthor supervisionava técnicos, sua expressão fria e calculista..

Lois, escondida atrás de uma pilastra, tirava fotos, sussurrando: “Ele tá ativando essa coisa agora. Olha o tamanho disso, Clark. É maior que qualquer coisa que vimos.”

Superman assentiu, sentindo a kryptonita no dispositivo enfraquecê-lo.

“Eu vou desativá-lo. Fique aqui, Lois.” Antes que ela pudesse protestar, ele voou, destruindo drones que guardavam a câmara. Mas Luthor estava preparado. Ele pressionou um controle, e o dispositivo liberou uma onda de kryptonita, forçando Superman a cair, os joelhos batendo no chão metálico.

“Kal-El,” Luthor disse, aproximando-se com um sorriso venenoso, “você é previsível. O Farol é minha obra-prima. Com ele, posso chamar sua preciosa colônia... ou destruí-la, como farei com você.”

Lois, vendo Superman em apuros, ignorou o plano. Ela correu até um painel de controle, usando suas anotações para decifrar os comandos. “Você não vai vencer assim, Luthor!” ela gritou, atraindo a atenção dele.

Luthor virou-se, furioso. “Srta. Lane, sua intromissão é irritante.”

Ele sinalizou para drones, que dispararam contra ela. Superman, lutando contra a kryptonita, voou, protegendo Lois com seu corpo. “Lois, saia daqui!” ele gritou, a voz rouca.

Mas Lois já estava no painel, puxando cabos e digitando freneticamente. “Clark, eu posso desligar isso! Só... me dá tempo!” O dispositivo começou a falhar, sua luz verde piscando, mas Luthor riu, pressionando outro controle.

“Vocês são tolos,” ele disse. “O Farol já enviou o sinal. Escolham: desativem-no e salvem Metrópolis, ou sigam o sinal e salvem seus kryptonianos. Não podem ter os dois.”

Superman olhou para o dispositivo, o cristal em seu bolso brilhando com a promessa de Zorath.

Ele viu flashes da colônia, de um povo que poderia ser sua família. Mas então olhou para Lois, lutando com o painel, sua determinação iluminando a câmara mais que qualquer Farol. A escolha era clara.

“Lois, agora!” ele gritou, voando até o núcleo do dispositivo.

Ele arrancou o fragmento do Farol, ignorando a kryptonita que queimava sua pele, e esmagou o cubo com as mãos. Uma explosão de energia o lançou contra a parede, e o dispositivo apagou, os drones caindo inertes.

Luthor gritou, furioso, mas fugiu por um túnel secreto, deixando seus técnicos em pânico. Lois correu até Superman, ajudando-o a se levantar. “Você tá bem, Clark?” ela perguntou, a voz tremendo.

Ele sorriu, fraco, mas aliviado. “Você me salvou de novo, Lois. E a cidade.”

Ela bufou, mas seus olhos estavam marejados. “Você escolheu a Terra. Mesmo sabendo que podia encontrar seu povo. Por quê?”

Clark segurou a mão dela, o cristal agora silencioso em seu bolso.

“Porque meu lar é aqui. Com você, com Metrópolis. Krypton é meu passado. A Terra é meu futuro.”

Lois apertou a mão dele, um silêncio cheio de promessas entre eles.

Mas o som de sirenes se aproximava, e eles sabiam que Luthor, mesmo derrotado ali, ainda estava solto, planejando seu próximo movimento.