Metrópolis respirava um alívio frágil após a destruição do dispositivo do Farol no complexo da LexCorp, mas a cidade ainda estava marcada por cicatrizes físicas e divisões emocionais.
As manchetes do Planeta Diário, impulsionadas pela matéria de Lois Lane, “Luthor Mente, Superman Luta”, haviam restaurado parte da fé em Superman, mas Lex Luthor permanecia uma sombra, escapando da justiça e prometendo vingança.
Clark Kent e Lois Lane sabiam que a batalha estava longe de terminar, e o cristal kryptoniano, agora silencioso no bolso de Clark, parecia um lembrete de que o custo de suas escolhas ainda poderia crescer.
Na redação, a atmosfera era de urgência controlada. Lois revisava fotos do confronto no complexo, enquanto Clark, disfarçando sua exaustão, trabalhava em uma matéria sobre os danos causados pelos drones da LexCorp.
A revelação de sua identidade como Superman havia fortalecido a parceria com Lois, mas também o deixava vulnerável
— cada olhar dela parecia carregar uma nova camada de entendimento, e ele sentia o peso de protegê-la em um jogo que se tornava mais perigoso.
Lois se aproximou, segurando um tablet com dados interceptados por um hacker aliado. “Clark, olha isso,” ela disse, apontando para um relatório criptografado da LexCorp. “Luthor tá se escondendo em uma instalação na costa. E tem algo grande lá
— maior que as Sentinelas, maior que o Núcleo. Acho que é o Titan de Metrópolis, a versão final.”
Clark estudou o relatório, sua visão telescópica confirmando a presença de tecnologia kryptoniana no local. O cristal pulsou levemente, como se sentisse a ameaça. “Se ele ativar o Titan, pode ser o fim de Metrópolis,” ele disse, a voz grave. “Precisamos ir agora, Lois. Mas dessa vez, você fica na retaguarda. Promete?”
Lois bufou, cruzando os braços.
“Você sabe que eu não faço promessas que não posso cumprir, Clark. Mas vou ser cuidadosa. Só não me deixe fora disso.” Ela tocou o braço dele, um gesto que dizia mais do que palavras. “Somos uma equipe, lembra?”
Ele sorriu, o calor do toque dela aliviando a tensão. “Lembra de mim quando você estiver correndo pro perigo, então.”
A instalação da LexCorp na costa era fortaleza disfarçada de ruína industrial, cercada por falésias e ondas quebrando contra rochas. Clark, como Superman, voou à frente, usando sua visão de raio-X para mapear o local. Lois o seguia em um jipe alugado, equipada com uma câmera e um dispositivo de rastreamento para interceptar comunicações da LexCorp.
O cristal em seu bolso pulsava com mais força, reagindo à presença de kryptonita e tecnologia kryptoniana no coração da instalação.
Dentro do complexo, eles encontraram um hangar gigantesco, onde o Titan de Metrópolis se erguia como um monstro de aço e cristal. Era maior que qualquer robô anterior, com braços como guindastes, olhos brilhando com kryptonita, e um núcleo pulsante que parecia uma versão corrompida do Farol.
Lex Luthor, em uma plataforma elevada, supervisionava a ativação, sua voz ecoando pelo hangar.
“Kal-El,” Luthor disse, sem se virar, “você é teimoso, mas inútil. O Titan é minha obra-prima, alimentado pelo Farol e pela kryptonita. Com ele, destruirei sua lenda e governarei Metrópolis.”
Superman pousou, protegendo Lois, que já tirava fotos escondida atrás de uma pilastra. “Luthor, isso não é sobre mim. Você tá arriscando a cidade inteira. Desligue o Titan agora.”
Luthor riu, pressionando um controle. O Titan ganhou vida, seus olhos verdes disparando raios de kryptonita que forçaram Superman a desviar. “Você nunca entendeu, Kal-El. A humanidade não precisa de heróis. Precisa de ordem. Minha ordem.”
A batalha começou, Superman enfrentando o Titan em uma dança mortal. Cada golpe do robô abalava o hangar, e a kryptonita corroía sua força, deixando-o ofegante. Lois, ignorando o perigo, correu até um console próximo ao núcleo do Titan, procurando uma forma de desativá-lo.
Clark, aguente firme!” ela gritou, hackeando o sistema com um dispositivo que seu contato fornecera.
Superman, enfraquecido, usou sua inteligência em vez de força bruta. Ele voou até o teto do hangar, arrancando suportes para derrubar destroços sobre o Titan, ganhando tempo. Mas o robô se adaptou, lançando tentáculos de kryptonita que o prenderam contra a parede. “Você perde, alienígena,” Luthor zombou.
Lois, no console, encontrou o comando de desativação, mas viu algo alarmante: o Titan estava conectado à rede de energia de Metrópolis. Desligá-lo causaria um apagão, arriscando vidas. “Clark, se eu desligar, a cidade vai sofrer!” ela gritou.
Superman, preso, olhou para ela, os olhos cheios de confiança. “Faça isso, Lois. Eu confio em você.” Ele arrancou os tentáculos com um esforço final, voando contra o núcleo do Titan. A kryptonita queimava, mas ele segurou o núcleo, absorvendo sua energia para proteger Lois e o console.
Lois apertou o botão, e o Titan parou, seus olhos apagando.
Superman caiu, o corpo fumegando, a kryptonita deixando-o à beira do colapso. Lois correu até ele, ajoelhando-se ao seu lado. “Clark, fica comigo!” ela disse, a voz tremendo enquanto segurava seu rosto.
Luthor, furioso, tentou fugir, mas Superman, com um último esforço, disparou visão de calor, destruindo o controle do magnata.
“Você... não vai machucar mais ninguém,” ele murmurou, antes de desmaiar.
Lois segurou-o, lágrimas escorrendo enquanto sirenes se aproximavam. A cidade ficou às escuras, mas o Titan estava derrotado, e Luthor, encurralado, foi levado por seguranças da LexCorp que, sem suas ordens, se renderam às autoridades.
Horas depois, no Planeta Diário, Lois escrevia a matéria que definiria a batalha: “Superman: O Sacrifício por Metrópolis”. Ela descrevia como ele arriscara tudo, mesmo sabendo que a cidade poderia odiá-lo.
Clark, recuperando-se lentamente, estava ao seu lado, o cristal agora apagado em sua mão.
“Você quase morreu, Clark,” Lois disse, a voz suave, mas firme. “Por quê?”
Ele olhou para ela, o símbolo em seu peito rasgado, mas brilhando sob a luz. “Porque você tava lá, Lois. E Metrópolis. Vocês são meu lar.”
Ela sorriu, inclinando-se para tocar sua mão. “Então vamos proteger esse lar juntos.”