Superman Prateado 16/20

Metrópolis começou a se reconstruir, tanto em suas ruas quanto no coração de seus cidadãos.

A estátua de Superman na praça central atraiu visitantes diários, e as matérias do Planeta Diário, lideradas por Lois Lane, apoiaram o fortalecimento da imagem do Homem de Aço como um protetor, não uma ameaça.

Lex Luthor, preso em uma instalação de segurança máxima, parecia silenciado

— Pelo menos por enquanto. Mas Clark Kent sabia que a calma era temporária.

Na redação do Planeta Diário, a rotina voltava ao normal, com o caos organizado de sempre: repórteres escrevendo furiosamente, Perry Clark Kent, porém, era diferente.

Ele ainda usava seus óculos tortos e o terno mal ajustado, mas havia uma nova confiança em seus passos, uma firmeza em sua voz que não passava despercebida.

A decisão de destruir o cristal e abraçar a Terra como seu lar o libertara de um peso que carrega por anos.

E Lois Lane, agora sua parceira em todos os sentidos, era parte disso. Clark estava revisando uma matéria sobre a segurança do porto quando Lois se mudou, jogando um caderno na mesa dele.

“Kent, temos uma pauta nova,” ela disse, os olhos brilhando com a energia de sempre. “A prefeitura quer uma série de entrevistas com líderes comunitários pra mostrar como Metrópolis tá se unindo.

E adivinha? Eles querem que você lidere as conversas." "Eu? Lois, você é a estrela das entrevistas. Por que eu?"Ela invejosa, sentando-se na beira da mesa. "Porque você está começando a mostrar quem realmente é, Clark. As pessoas se inserem em você.

E, depois do que fizemos juntos, acho que tá na hora de você sair da sombra. Além disso," ela piscou, "quero ver você tentando não tropeçar nas palavras." Clark riu, o som mais leve do que costumava ser.

"Tudo bem, Lois. Mas só se você vier comigo. Somos uma equipe, lembra?"Lois bufou, mas o calor em seus olhos traiu o sorriso.

"Você está confirmado, Kent. Tá bem, eu vou. Mas nada de sumir no meio da entrevista pra salvar o mundo, entendeu?"As entrevistas entrevistadas tarde, em um centro comunitário no coração de Metrópolis.

Clark e Lois conversaram com líderes de bairro, professores, e voluntários, todos compartilhando histórias de resiliência após os ataques da LexCorp.

Clark, para surpresa de Lois, conduzia as conversas com uma empatia natural, fazendo perguntas que revelavam não só os fatos, mas os sentimentos das pessoas.

Ele anotava tudo com cuidado, mas seus olhos brilhavam quando alguém falava da esperança que Superman inspirava.

Lois observava, impressionada. O Clark desajeitado ainda estava lá, tropeçando em uma cadeira ou derramando café, mas havia algo novo

— Uma força quieta, como se ele finalmente aceitasse ser tanto Clark Kent quanto Kal-El. Durante uma pausa,ela suspende-o para um canto, cruzando os braços. "Tá me surpreendendo, Kent. Quando você virou tão bom nisso?" Clark sorriu, ajustando os óculos.

"Sempre fui bom em ouvir, Lois. Só... preciso de alguém pra me lembrar que eu poderia falar também." Ele olhou para ela, a voz suavizando. “Você me deu isso.”Lois corou, algo raro, e deu um soco leve no braço dele. "Para ser tão sentimental.

Temos mais três entrevistas hoje, e eu não vou te enviar se desmaiar de emoção."Enquanto isso, em sua cela, Lex Luthor recebeu outra mensagem criptografada em um contrabandeado.

As palavras eram curtas, mas gelaram seu sangue: "O Devorador se aproxima. O sinal foi enviado." Luthor sorriu, os olhos brilhando com uma mistura de raiva e antecipação. Ele sabia que sua prisão era temporária

— Seus aliados na LexCorp já trabalharam para libertá-lo, e o Devorador, se chegasse, seria a arma perfeita para destruir Superman e reclamar Metrópolis. Ele guardou o dispositivo, murmurando: "Você venceu uma batalha, Kal-El.

Mas a guerra é minha."Naquela noite, Clark e Lois terminaram as entrevistas e caminharam pelas ruas de Metrópolis, o céu estrelado acima deles.

A cidade estava viva, com risos de crianças, música saindo de bares, e o zumbido constante de ambiente. Clark, pela primeira vez, não se sentiu como um estranho.

Ele era parte disso

— Não apenas como Superman, mas como Clark Kent, o repórter que finalmente encontrou seu lugar.

Lois parou, olhando para ele. "Sabe, Clark, você tá diferente. Não é só a postura ou o jeito que fala. É como se... você teve um paraíso de se esconder.

Ele olhou para ela, o coração caloroso. "Eu escondi quem eu era por muito tempo, Lois. De mim mesmo, principalmente. Mas agora? Quero ser o homem que você vê. O homem que Metrópolis precisa. Não só voando, mas aqui, no chão, com você.

"Você já é esse homem, Clark. E, pra sua sorte, eu gosto dele." Eles riram, caminharam juntos, a cidade brilhando ao redor deles. Mas, no silêncio do espaço, algo se move

— Uma sombra colossal, suas garras mecânicas brilhando sob a luz das estrelas. O Devorador, atraído pelo sinal incompleto do Farol, traçou seu caminho para a Terra, e Metrópolis, sem saber, estava na mira.