Na volta ao acampamento, o silêncio não era de alívio.
Era de medo.
A criança ativada, os rastros deixados, a conexão emocional entre João e aquela menina... tudo aquilo era combustível pra algo maior.
Mas João estava mudado.
Não era mais o fugitivo.
— Eles querem usar ela como isca? — ele perguntou, encarando os mapas com Rocco.
— Querem você. E ela... é a nova versão do que você foi. A “evolução do erro”.
— Então vamos fazer diferente. Vamos não reagir. Vamos agir antes.
Marina chegou trazendo o caderno antigo de Elías.
Dentro, uma anotação escondida:
> “Código Sentinela: se ativado, rastreia campos de concentração neural automatizados.”
— Isso pode nos dar o local onde estão mantendo os próximos ativáveis — disse ela.
João olhou o caderno. Fechou os olhos.
— Então vamos. Antes que outro coração seja quebrado pra virar ferramenta.
—
Do outro lado do mundo, alguém assistia à cena.
O homem de terno bege, de olhos completamente negros, sorriu ao ver Lua no colo de João.
— Ele se apegou. Perfeito.
Agora... o elo está criado.