Qual é o Meu Nome?

Max sentou-se firmemente em cima de Joe. Eles tinham mais ou menos o mesmo tamanho, mas com o dano que Max já havia causado, Joe estava lutando. Não importava o quanto ele se contorcesse, Max mudava seu peso da maneira certa, mantendo-o preso com brutal eficiência.

"Responda à pergunta!" Max disparou, colocando sua mão sobre o dedo indicador de Joe.

"O que você quer dizer?! Por que estamos mirando em você?!" Joe gritou em desespero. "É porque é você! Você é fraco—você nunca revida! Você é um alvo fácil! Quanto ao motivo de ter começado... eu não sei! Eu só segui a liderança do Ko, só isso!"

'Exatamente como eu pensava', Max refletiu. 'Um seguidor. Uma ovelha. Nem está na lista de Max. Provavelmente o intimidou como os outros... mas nunca teve coragem de pensar por si mesmo.'

"Tudo bem, então responda isso," Max disse, inclinando-se mais perto. "Qual é o meu nome?"

"Seu nome?" A voz de Joe falhou. Todo o seu corpo ficou tenso, confuso. Parecia uma pergunta tão simples. "É... Max Smith. Você é Max Smith."

O aperto de Max em torno do dedo de Joe apertou—e sem um segundo de hesitação, ele puxou.

CRACK.

Um estalo nauseante encheu o ar. Joe soltou um grito penetrante.

"ARGHH!" Joe gritou, sua voz ecoando pelas paredes da sala de armazenamento. Ele nem tinha certeza do que doía mais—a dor aguda ou o choque de tudo. Sentindo a dobra antinatural em seu dedo, não havia dúvida. Estava quebrado.

Antes que ele pudesse se recuperar, sentiu o aperto de Max mudar, sua outra mão agora segurando um dedo diferente.

"Por que... por quê?!" Joe soluçou. "Eu te disse a verdade! Seu nome é Max Smith! Max Smith!"

"Eu sei," Max disse calmamente. "Mas aqui está a questão—eu precisava que você entendesse que minhas ameaças não são vazias. Que estou falando sério."

Seu tom era frio, medido, calmo demais para alguém no meio de torturar um colega de classe.

"Agora você vai pensar duas vezes antes de mentir. Porque toda vez que fizer isso, vai se lembrar dessa dor. E se perguntar se vou pegar outro dedo."

Joe estava tremendo. Sua mente corria com um único pensamento: Esse cara é louco. Completamente desequilibrado. Será que todo o bullying finalmente o fez perder a cabeça? Ele tem treinado secretamente, esperando pelo momento certo para explodir?

Max se inclinou, olhos estreitados. "Já que você é tão bom em seguir ordens, então responda isso—por que o Ko está me perseguindo? Ele já te contou? Já insinuou algum motivo?"

Joe engoliu em seco, sua voz mal um sussurro.

"Eu... eu..." Joe gaguejou, o medo tomando conta de cada centímetro de seu corpo. Ele não podia dizer que não sabia—não iria. Não depois do que acabara de acontecer. Se desse outra resposta vazia, outro dedo poderia ir.

Então ele procurou, desesperadamente vasculhando suas memórias por qualquer coisa—qualquer fragmento de informação útil.

"Ko... Ko segue ordens do chefão da escola," Joe finalmente disse. "Ele não está na nossa classe. Ele está na Classe 5A. Cada classe tem um líder—Ko comanda a nossa—mas todos respondem a ele. O cara da 5A."

"Se alguém sabe o verdadeiro motivo pelo qual perseguimos você," Joe continuou, "é o Ko... ou aquele cara."

Max absorveu isso silenciosamente, acenando para si mesmo. Isso o lembrou de seus próprios dias escolares—uma estrutura exatamente como essa. Cada classe tinha um chamado 'chefe' para manter os delinquentes na linha, e todos eles reportavam a um líder supremo.

Naquela época... esse líder supremo tinha sido ele.

"Entendo," Max murmurou. "Então, no final... Ko é quem eu preciso perseguir."

Então seu tom mudou ligeiramente. "Mais uma coisa. Algum desses nomes significa algo para você?"

Ele não esperou por uma resposta. Max começou a listar os nomes—os nomes do vídeo. Aqueles que o Max Stern original havia culpado. Ele percorreu a lista, observando os olhos de Joe, até que—

"Pare!" Joe gritou. "Eu conheço um... o que você disse antes. Dipter Carl. Eu sei quem é."

Era o último nome que Max havia mencionado, e ele estava grato por finalmente ter acertado algo—um segundo nome da lista. Finalmente, alguém além de Ko.

"Ele é aquele a quem Ko responde," Joe confirmou. "O líder de toda esta escola."

Max podia entender se um valentão tivesse algo contra alguém. Escolas eram terrenos férteis para pessoas que buscavam se sentir poderosas—seja para extravasar frustração, inflar seu ego ou compensar suas vidas miseráveis. Mas esse tipo de bullying geralmente permanecia dentro de uma sala de aula, dentro de um grupo.

Isso não era isso.

Dipter nem estava na mesma classe. Não havia motivo real para ele estar envolvido. E, no entanto, ele estava. Ele era o cara mais importante da escola, e tinha se interessado por Max?

'Por que alguém assim iria mirar em você?' Max se perguntou. 'E por que tantas pessoas... pessoas que mal te conhecem... todas teriam algo contra você?'

Quanto mais Max se aprofundava nesta vida, mais distorcidas as coisas se tornavam. Com base nas informações que estava juntando, isso não era apenas bullying escolar. Era uma armação completa—e estava começando a parecer muito mais perigoso do que ele havia pensado originalmente.

Tecnicamente, Max já havia perdido sua vida uma vez. E agora, ele tinha uma crescente suspeita de que o outro Max—aquele cujo corpo ele agora habitava, quase havia perdido a sua também.

E se isso acontecesse novamente, ele tinha a sensação de que não haveria uma terceira chance.

Ele precisava ser cuidadoso. Mais do que nunca.

Finalmente, Max se levantou, saindo de cima de Joe, mas quando Joe tentou se levantar, Max pressionou seu pé firmemente nas costas dele, prendendo-o ao chão mais uma vez.

"Não tão rápido," Max disse. "Você é a única pessoa que conheço agora que pode ser útil para mim. Então você vai fazer uma pequena investigação."

"Investigação?" Joe gemeu. "Qual é, cara. Você está tentando me arrastar para algo mais profundo—olha, eu juro, não vou tocar em você de novo. Só me deixe fora disso."

Max agachou-se ligeiramente, sua voz baixa e calma. "Não. Você vai continuar desempenhando seu papel. Continue agindo como se nada tivesse mudado. Continue me tratando da mesma forma."

"Mas," ele continuou, "enquanto estiver fazendo isso... você também será meus olhos e ouvidos dentro da sua pequena gangue de mentira."

Os olhos de Joe se arregalaram em pânico. "O quê? Não—você não entende. Você não sabe como Dipter é. Se ele descobrir—se ele sequer suspeitar—ele vai..."

"Eu vou te pagar." Max o interrompeu.

Joe piscou.

"Você me envia sua carteira digital," Max disse friamente. "Quinhentos por mês. Desde que você mantenha sua boca fechada e faça tudo o que eu mandar."

Quinhentos não era algo que mudaria a vida. Mas para um estudante do ensino médio, era dinheiro que a maioria deles nunca veria de uma vez. Max já podia dizer, ele não precisava que Joe respondesse. Ele levantou o pé.

Joe já estava pegando seu telefone.

"Tudo bem... eu vou fazer isso," Joe murmurou, estendendo seu telefone com o código QR da carteira digital aberto.

Eventualmente, tanto Max quanto Joe retornaram à sala de aula assim que o primeiro período havia terminado. Com os professores se revezando entre as aulas, seu retorno tardio passou despercebido, exatamente como Max havia planejado.

Joe mantinha uma mão enterrada no bolso. Ele já havia feito uma rápida visita à enfermaria, alegando que havia tropeçado e caído sobre sua mão. Agora estava enfaixada e imobilizada, mas o verdadeiro motivo por trás da lesão não podia ser revelado, nem mesmo para Ko.

Felizmente, parte do inchaço em seu rosto havia diminuído durante o intervalo, e com atuação suficiente, ele poderia convencer os outros.

Enquanto passavam pelas carteiras, Joe deu um chute sem entusiasmo nas costas de Max, o suficiente para fazer uma cena, mas não o suficiente para machucar.

"E fique no seu lugar, entendeu?" Joe latiu. Sua voz carregava força suficiente para enganar a multidão, embora o tremor em seu tom ainda estivesse lá para quem realmente estivesse ouvindo.

Ko riu de sua carteira enquanto olhava. "Vocês dois ficaram fora por um tempo. O quê—se divertiram demais ou algo assim?" Seus olhos se estreitaram quando se concentrou em Max. "Espere um minuto... eu disse para você fazê-lo sofrer. Ele mal parece tocado."

Joe estava tenso, podia sentir seu coração batendo tão forte que era como se quisesse saltar de sua garganta.

"Ah, isso... sim, um professor apareceu no meio," Joe mentiu suavemente. "Tivemos que encurtar as coisas. Eles nos mandaram de volta para a aula, então... não consegui fazer muito."

Lembrando-se da interrupção anterior, ele achou que era uma desculpa suficientemente crível para vender.

"Eu sabia," Ko murmurou, cerrando o punho. "O maldito professor atrapalhou, hein?"

Seus olhos vagaram pela sala, fixando-se em Sam, que estava sentado rigidamente no canto, claramente tentando se tornar invisível.

"Então isso significa..." Ko rosnou. "Aquele maldito porco abriu a boca e contou para alguém."

Seus olhos se estreitaram com veneno. "Ele vai pagar por isso."