Capítulo 137 – Os Aplausos que Ecoam

Arena Central – Após o Fim da Luta

Por um segundo, o silêncio dominou.

Um instante de incredulidade coletiva.

Um plebeu.

Um aluno sem linhagem.

Sem título.

Sem herança.

Vencera.

Vencera todos.

E fizera parecer simples.

E então… o rugido começou.

A arquibancada explodiu.

— TANAKA!

— ELE VENCEU!

— O PLEBEU VENCEU!

— Hiro Tanaka é o CAMPEÃO!

Explosões de luz mágica tomaram o céu. Feitiços de comemoração cintilaram em cascatas coloridas.

Instrutores da Classe Alta e da Comum batiam palmas de pé.

O velho professor tático, que nunca elogiava ninguém, esfregava o queixo com um sorriso torto.

— Inteligência, frieza e talento bruto. Esse garoto não cabe em classificações.

Os instrutores de magia trocavam olhares.

— Nenhum erro. Controle de mana… absoluto.

No centro da arquibancada, Caelan Drayven permanecia ereto.

Mas seus lábios…

Sorriam.

— O futuro de Arcadia está escrevendo um nome.

— E é o dele.

Nas arquibancadas…

Sakura Minazuki estava de pé.

Braços cruzados.

Rosto firme.

Mas o olhar... brilhava.

"Você prometeu que venceria. E venceu. Sem espada. Sem aura. Só magia. Só inteligência. Frio… calculista… incrível."

Ela virou o rosto.

— Parabéns, idiota...

Yumi Kazehara cobria a boca com as duas mãos. Os olhos tremiam.

— Ele... venceu...

Mari bufava.

— ALERTA VERMELHO: A Santa vai desmaiar de emoção!

— Mari! — resmungou Yumi, tentando manter a compostura.

Shinji e Akane, em pé, assistiam com olhos arregalados.

— O mestre Tanaka... é mesmo um monstro. — sussurrou Shinji.

— E pensar que ele fez a senhorita Saori corar… dezenas de vezes. — Akane limpava uma lágrima com dignidade.

Ayame apertava o colar contra o peito.

— Hiro… meu filho…

Hayato assentiu. A voz rouca, emocionada.

— Ele fez o impossível… parecer inevitável.

Mio, aos prantos, gritava:

— ONII-CHAAAAAN VENCEU! ELE É O MAIS FORTE!

Ela pulava em círculos como se o mundo tivesse se tornado doce.

No alto… os Três Pilares do Reino assistiam.

Daichi Kurosawa, o Duque da Magia, permanecia com os olhos semicerrados.

— Ele venceu minha filha… usando só magia.

— E a treinou ao mesmo tempo.

"Um adversário que cria sua própria rival."

"Impressionante."

Ryuji Minazuki não disse nada.

Mas seus olhos estavam fixos em Hiro.

"Você não apenas venceu… Você guiou."

"Agora entendo por que minha filha o segue. E por que ela... confia."

Lucius von Richter apoiava o queixo na mão, o sorriso curvado.

"Você é um problema. Um problema real."

"Mas que delícia será... moldar sua ruína."

Klaus, ao lado, cerrava os punhos.

E Hikari… sorria.

Sutilmente.

E no centro da arena... Hiro Tanaka.

Parado, respirando fundo.

Ouvindo os gritos.

As palmas.

Os ecos do impossível.

Mas seus olhos… estavam focados além.

Na multidão.

Naquela distorção no ar.

Na presença oculta que só ele sentia.

“Voidborn… eu venci. Agora, venha.”

"Porque se você não vier..."

"...eu vou te caçar."

Ela ainda estava de joelhos, ofegante, suada… mas com os olhos acesos.

Ele estendeu a mão.

Ela olhou pra ele. Depois para a mão.

— Idiota...

Mas segurou.

E sorriu.

A multidão explodia.

Os nomes reverberavam no ar.

Mas o verdadeiro inimigo… também ouvia.

— Então esse é você, Tanaka…

— O corpo perfeito.

— O disfarce ideal.

— O começo... da minha nova forma.

E abaixo…

Hiro apertava a mão de Saori.

Mas sua outra mão…

Já estava em torno da empunhadura da espada.

"Eu te sinto."

"Eu te conheço."

"Eu te espero."