Capítulo 33: Recuperando Mineford P2!

Com isso, eles entraram nos helicópteros e veículos e retornaram para casa.

— Bem-vindos de volta! — disse Fernanda, aguardando com os outros cientistas.

— Que cheiro é esse? Vocês estavam bebendo? — exclamou Takemichi, sentindo um leve odor de bebida no ar.

— Bebida? Claro que não, capitão! Onde iríamos achar isso aqui na base? — respondeu Fernanda, segurando o riso.

— De toda forma, temos trabalho amanhã. Descansem, agora estão dispensados! — disse Takemichi, já se virando para se afastar.

— E o Kay? — exclamou Mira, preocupada.

— Dormiu assim que vocês saíram. Não acordou até agora! — informou Fernanda, com um tom divertido.

— Ele tem a ousadia de dormir enquanto estamos trabalhando? Isso é uma recompensa ou uma punição? — disse Takemichi, irritado.

Os soldados voltaram para seus quartos e se prepararam para jantar. No refeitório, a atmosfera estava leve e descontraída.

— Comer depois de trabalhar é um alívio! — disse Ravena, com um sorriso.

— Então até você acha isso? Eu não esperava! — comentou Kratos, surpreso.

— Fica na sua! — respondeu Ravena, com um olhar cortante.

— Mas é muito bom comer depois de um dia puxado desses! — interveio Thais, tentando apaziguar.

— Está preocupada com o Kay? Por que não pede ao capitão para te deixar falar com ele? — sugeriu Sarah, com um brilho nos olhos.

— Meu pai me proibiu de me aproximar de lá. Ele não vai mudar de ideia! — respondeu Mira, desanimada.

— Olha ali! O Yan está levando comida para ele! O Kay vai ficar bem, nós é que vamos ficar sobrecarregados! — disse Thais, tentando confortá-la.

Nesse momento, Mira recebeu uma ligação.

— Eu acabei de comer, vou voltar para meu quarto! — disse Mira, se retirando rapidamente.

— Ela também está agindo estranha! — comentou Viviane, observando a amiga se afastar.

— O que será que está acontecendo? — exclamou Sky, intrigada.

No quarto de Mira.

— Alô! — respondeu ela ao atender.

— Bom trabalho recuperando Mineford! — disse o príncipe na chamada.

— Obrigada! — respondeu Mira, com um sorriso, não posso dizer que foi o Kay!

— Você está bem? — perguntou o príncipe, preocupado.

— Sim! Hoje foi um dia puxado, mas ninguém se feriu! — disse Mira, aliviada.

A cena muda para a manhã seguinte.

— Ela ainda está dormindo! — disse Thais, observando a cama de Mira.

— Ela ficou muito tempo naquela chamada! — comentou Sarah, com curiosidade.

— Com quem será que ela estava conversando? — exclamou Viviane, tentando adivinhar.

— Eu não sei, mas ela parecia feliz. Deve ter sido a mãe dela! — disse Thais, acreditando na sua hipótese.

— Vamos acordá-la? — sugeriu Viviane, animada.

— Depois do café, precisamos ir para Mineford. É melhor ela estar alimentada caso tenha ghouls lá! — disse Sarah, decidida.

— Tem razão! — concordou Thais.

Minutos depois, no refeitório...

Por que estão me encarando? pensou Mira, assustada, enquanto notava os olhares dos amigos.

— Estão desanimados porque hoje você não fez o café! — disse Lena, com um sorriso meio triste. — E, aliás, eu também estou!

— Eu acordei tarde hoje! Me desculpem, era meu trabalho! — respondeu Mira, tentando justificar sua ausência.

— Não precisa disso. As cozinheiras fizeram, o gosto é o mesmo, mas falta aquela diferença na textura que você faz às vezes! — continuou Lena, com um toque de nostalgia na voz.

Mirei achava que era só o Kay que notava isso; eles também gostam do meu café! pensou Mira, sentindo-se feliz com o reconhecimento.

— De toda forma, é melhor comerem logo. Já vamos partir! — avisou Lena, olhando para o relógio.

— Eu tenho que fazer o do Kay! — insistiu Mira, preocupada.

— Não vai dar tempo. Um dos soldados está levando o café dele, já estão esperando no pátio. Terminemos logo e venham! — disse Lena, apressando as amigas.

— Certo! — concordaram elas.

Após o café, o restante dos soldados se reuniu no pátio. Todos já estavam equipados e prontos para a missão.

— Os mesmos que foram ontem nos helicópteros, me sigam. Os outros vão nos caminhões! Estamos de partida! — ordenou Takemichi, sua voz firme e clara.

— Certo! — afirmaram os soldados, batendo continência com determinação.

Assim que entraram nos veículos, eles partiram. Ao chegarem em Mineford, os helicópteros começaram a sobrevoar a área, observando se havia movimento.

— Parece que está vazia. Vamos descer! — anunciou Takemichi, olhando atentamente para o reino.

Os helicópteros, mantendo distância, pousaram no território. Os soldados rapidamente saíram, mas outros permaneceram a bordo. Os que ficaram pegaram voo em direção às armas antiaéreas posicionadas nas muralhas. Eles desceram as escadas, e o soldado que ficaria na arma desceu por ela até chegar ao topo da muralha. Assim que ele se posicionou, o helicóptero levou outro soldado para outra arma, seguindo o mesmo procedimento até que todas as armas estivessem operacionais.

Takemichi então ordenou que os soldados começassem a andar pela cidade para verificar se viam algum movimento suspeito.

— Formem duplas e fiquem atentos a qualquer sinal. Não queremos surpresas! — instruiu ele, enquanto caminhava ao lado de Mira e seus amigos.

Enquanto percorriam as ruas vazias, Mira não pôde deixar de sentir uma tensão no ar. A cidade, outrora agitada pela opeção, agora estava envolta em um silêncio inquietante.

— Espero que não encontremos nada de ruim aqui — comentou Thais, com a voz baixa.

— Se houver ghouls por perto, estaremos prontos para enfrentá-los — respondeu Takemichi, sua expressão séria.

A equipe continuou sua patrulha, os olhares atentos a qualquer movimento.

Após alguns minutos se movendo pelo reino, os soldados relataram não haver nenhum movimento naquela região.

— Vamos avançar para outra região. Aguardem a carona — disse Takemichi, fazendo sinal para que todos se preparassem.

A cena muda para o quartel do exército, onde a atmosfera era bem diferente.

— Minha cabeça dói! — exclamou Fernanda, bebendo agua

— Depois de tanto tempo sem beber, acho que ficamos mais fracas para bebida! — comentou uma das cientistas, com um tom de voz sonolento

— O Kay acordou! — disse um dos cientistas, olhando para a tela que mostrava a solitaria.

— Deve ter sentido o cheiro do café! — disse Fernanda, se aproximando da tela

Kay saiu da visão da câmera, deixando todos em suspense.

— Ele foi no vaso? Achei que iria direto no café! — exclamou Fernanda

Logo, Kay reapareceu na câmera, mas, para a decepção de todos, ele voltou para o tapete, voltando a dormir.

— Ele voltou a dormir! Não vai tomar café, e também não jantou ontem! — lamentou Fernanda, a dor de cabeça se tornando mais evidente com cada palavra.

Os cientistas trocaram olhares preocupados.

— Ele precisa se alimentar! Se continuar assim, vai ficar fraco, especialmente agora que as coisas estão tão tensas lá fora — disse um dos cientistas, com um tom de preocupação.

Enquanto isso, em Mineford, os soldados aguardavam em silêncio, a expectativa pairando no ar.

— Espero que o próximo setor esteja tão tranquilo quanto este — comentou um dos soldados, tentando quebrar a tensão.

— Só o tempo dirá — respondeu Takemichi, observando atentamente a movimentação dos helicópteros ao redor. — Mantenham-se vigilantes. Essa calma pode ser enganosa.

Após andarem por toda Mineford, a tensão começava a se dissipar.

— E não tem nada! — disse Takemichi, observando a cidade deserta.

— Isso é bom! — respondeu Mira, aliviada com a tranquilidade que reinava.

— Sim! Vamos retornar e esperar os outros. Vou informar o reino! — Takemichi disse, pegando o celular.

Ele mandou uma mensagem para o chefe da guarda, um ato que poderia mudar o rumo do dia.

— O Takemichi mandou mensagem, vamos ver o que ele disse! — comentou o chefe da guarda, olhando a tela do dispositivo.

— Um joinha? — exclamou o chefe da guarda, confuso.

— Deve ser que está liberado para nós irmos! — sugeriu um dos guardas, esperançoso.

— Também pode ser que encontraram ghouls — disse outro soldado, com uma expressão preocupada.

— O que significa isso? Podemos ir? — o chefe da guarda questionou na mensagem, sua impaciência crescendo.

Takemichi logo respondeu com outro joinha.

— Então vamos! — decidiu o chefe da guarda, já se levantando.

— Eu te falei que era para ir! — brincou um dos guardas.

— Ele só mandou um joinha, como iria adivinhar? — reclamou o outro guarda, com um tom de sarcasmo.

— Vamos indo! Não percam tempo discutindo! — gritou o chefe da guarda, entrando rapidamente no helicóptero.

— Vocês ouviram o chefe, vamos! — incentivou o guarda, apressando-se a seguir o líder.

Mais três helicópteros chegaram a Mineford, descendo com um rugido poderoso dos motores.

— Agora não tem muito risco de sermos pegos de surpresa. Trouxe mais eletricistas e mecânicos do que soldados! Vamos consertar as luzes da cidade! — anunciou o chefe da guarda, olhando para a equipe que se preparava para a tarefa.

— Eu conto com vocês! — disse Takemichi

Os homens começaram a se dispersar, enquanto os engenheiros e mecânicos se reuniam para planejar o conserto do sistema elétrico, um passo vital para garantir a segurança da cidade e de seus habitantes.

— Enquanto isso, devemos ficar em alerta — acrescentou Takemichi, seu olhar fixo nos arredores.

Com o plano em andamento e a determinação no ar, a equipe de Takemichi se preparou para um dia cheio de trabalho e vigilância.

A cena muda para o castelo.

— Está muito agitado aqui! — disse Emilia, voltando do treinamento no jardim e notando a movimentação incomum.

— Princesa? Bom dia! — cumprimentou uma empregada, fazendo uma leve reverência.

— Bom dia! O que está acontecendo? Desde ontem, tudo parece muito agitado! — Emilia questionou, curiosa.

— Não te contaram? A sexta divisão recuperou Mineford! — respondeu a empregada, animada.

— Recuperaram? — exclamou Emilia, surpresa, e saiu correndo em direção ao salão onde seu pai estava em reunião.

Ao chegar, interrompeu a conversa dos líderes presentes.

— Por que está correndo? — perguntou o rei, surpreso.

— Pai, é verdade que Mineford foi recuperada? — Emilia perguntou, tentando conter sua excitação.

— É verdade. Aqui está muito agitado por isso, e não consegui te contar antes. Achei que seu irmão te contaria — respondeu o rei, com um leve sorriso.

— Eu acabei esquecendo! — disse o príncipe, envergonhado.

— Quando foi? — perguntou Emilia, ainda surpresa.

— Ontem pela manhã — disse o rei.

— Ontem? O capitão não iria tirar folga? — questionou Emilia, surpresa.

— Que bom que ele não tirou! — comentou um dos líderes.

— Eu dei a ele três dias de folga, mas ele decidiu não usá-los. De qualquer forma, estamos trabalhando para decidir como vamos prosseguir! — explicou o rei.

— Ah, sim. Me perdoe a interrupção! — disse Emilia, fazendo uma reverência e se retirando.

— Onde estávamos? — retomou o rei, voltando à reunião.

No corredor, Emilia sorriu para si mesma, refletindo.

— Eles conseguiram. Vou perguntar isso para o Kay! — pensou ela, animada.

A cena muda para o quartel.

— Tem um celular tocando! — comentou Fernanda, ainda se recuperando da ressaca.

— Está vindo da sua mesa! — avisou um dos cientistas.

— Meu celular está comigo! — disse Fernanda, andando até a mesa.

Ela encontrou o celular de Kay ali.

— Ah, é verdade! O capitão tinha tomado o celular do Kay, e eu peguei para remover a escuta — lembrou-se Fernanda.

— Não vai atender? — perguntou uma das cientistas, curiosa.

— É um número desconhecido. Deve ser golpe! — respondeu Fernanda.

O celular parou de tocar, mas logo começou a tocar novamente.

— Atende para ver quem é! — insistiu a cientista.

Fernanda suspirou e atendeu.