Capítulo 5

O silêncio que seguiu foi sufocante. Naomi e Eduardo ficaram sozinhos novamente, a tensão entre eles quase palpável. Ela deu um passo para trás, tentando recuperar o controle, mas Eduardo a seguiu, encurralando-a contra a parede sem tocá-la. — Você é corajosa, vou te dar isso — murmurou ele, a voz baixa, quase um ronronar. — Mas está brincando com fogo, Naomi. E eu não sou um cara legal.— Então por que você não me deixa em paz? — perguntou ela, a voz saindo mais fraca do que gostaria. Seus olhos estavam fixos nos dele, e por um instante, ela viu algo além da arrogância — uma vulnerabilidade, um vazio que a fez querer entender o que ele escondia.— Porque você não me deixa em paz — retrucou ele, as palavras cortantes. Ele se inclinou, o rosto a centímetros do dela, e Naomi sentiu o ar ficar preso na garganta. — Toda vez que você me encara com esses olhos, acha que está me desafiando? Você não faz ideia do que está pedindo.— Eu não estou pedindo nada — disparou ela, empurrando o peito dele com as mãos. O contato foi um erro. A pele dele era quente sob a camiseta, os músculos firmes, e o toque enviou uma corrente elétrica por seus braços. Eduardo congelou, os olhos escurecendo, e por um segundo, Naomi pensou que ele ia recuar. Mas então, algo estalou.