Hoje era mais um dia no meu turno diário, eu sinceramente esperava mais um dia comum, mas hoje era diferente dos demais. Começou com uma simples fofoca sobre certos casos de homicídios, mas se escalou para um grupo criminoso na qual até mesmo uma mosca sabe sobre.
No começo, eu as ignorei, mas agora de noite, todo mundo no escritório tava tenso, eu podia ver alguns suando, outros ignorando olhar pro outro. Podemos descrever essa situação como: "Olha, nós sabemos que vamos morrer, mas temos que continuar nosso trabalho"
É uma sensação terrível, mas com o fato de a vida financeira estarem em jogo, era justo. Pela minha idade, do Alexsander, eu poderia ir embora dali sem rodeios, mas eu não fiz.
Então, com um som de estrondo, a porta do escritório se abre e entra uma mulher jovem, entre seus 20 anos de idade, uma das pessoas que cuidavam dos Recursos Humanos do lugar, Rosalyne.
- Certo pessoal, por favor vão pra casa, é obrigação do governo.
Isso não surpreendeu a todos, onde ficaram mais relaxados com a notícia, eu pude ver suas caras mais tranquilas e Rosalyne também deixando todo mundo mais calmo com palavras ressoantes.
Eu também me preparei pra sair, e sem nenhuma delonga eu fugi daquele lugar rapidamente, mas para minha infelicidade, não havia nenhum carro na rua. Talvez pelo medo dos relatos ou até mesmo pelo aviso do governo, não quiseram ter vim trabalhar hoje, que é péssimo pra mim.
"Não pretendia pegar um atalho, mas é a única forma"
Então olhei pra o escadão que havia ali, era similar aos que eu via na minha cidade natal, Valença, Piauí, e olhando melhor, não faz sentido ter estes escadão, mas não posso reclamar quando minha vida tá em jogo.
Eu subo os enormes degraus de pedregulhos e já sinto um arrepio, eu nem queria olhar pra trás, e só andei direto pela escadas quando ainda tinha meus membros são e salvos.
Subi e subi até chegar no final da enorme escada, e pensei que estaria bem, até virar minha cabeça. Como eu queria ter virado minha cabeça a direita ao invés pra esquerda, pois assim não precisava ter visto aquela cena.
Um corpo de um jovem bem mais jovem do que eu, provavelmente nos seus 17 a 18 anos e cercado dele estavam 3 pessoas encapuzadas, ambas com tamanhos similares mas que naquele momento nem pude contar.
Eu não vou mentir, eu queria vomitar ali, mas não pude fazer isso sem correr igual um lunático. Minhas pernas correram sozinhas quando vi aquela cena e nem olhei pra trás.
Mas infelizmente, nem todo bom samaritano tem sorte. Quando comecei a correr eu não escutei passos daqueles lá trás, pensei que poderia ter sido que corri mais rápido que eles, mas não, era pior.
Eu instintivamente olho pra trás e quando percebi já era tarde demais para olha pra frente. Todos os três encapuzados já estavam vindo em minha direção, mas seus passos eram tão leves que faz serem impossível de serem escutados, eles já foram treinados de alguma forma para matar alguém de forma silenciosa.
"Puta merda!"
Nem cheguei a esse mundo ainda e agora tô sendo perseguido por três assassinos. Eu odiava o fato que eu não podia fazer nada e só podia correr, eu nem podia revidar pois fisicamente eu era fraco e também relaxado, logo, tentar atacar era inútil.
Finalmente, como se fosse inevitável, eles me alcançaram e o primeiro me puxou pelo gola de trás da camisa e me fez virar pra ele. Ele estava com um capuz que me impedia de ver seu rosto, mas seu sorriso, aquele maldito sorriso.
Era impossível dizer se era um homem ou uma mulher, ou até uma pessoa não binária, mas aqueles lábios com um batom vermelho sinceramente me deram arrepios, ele sorriu e sem antes de eu pensar ele deu um golpe no meu estômago, fazendo eu cair no chão e jorrar sangue e baba da minha boca.
- Mer- ack!
Os 3 encapuzados me cercaram, perante a eles eu parecia uma formiga de tão fraco que eu estava naquele momento, e nada podia ser feito, eu só pude segurar aonde localizava o estomago com força.
Estranhamente, eles estavam quietos e um deles deu um passo adiante e pareceu virar seu olhar pra mim e então, ele começou a falar palavras estranhas, numa linguagem desconhecida para mim.
- Unter dem Auge der Endgültigkeit werden wir das Leben dieser armen Seele beenden.
"Que droga ele tá falando?"
Ele pegou de baixo de seu capuz um enorme machado, era tão grande que era bizarro pensar que isso estava por trás de seu capuz. Eu tentei me afastar, mas olhando pra trás, o mesmo que me deu um golpe já estava esperando que tentaria me afastar, então se ajoelhou e me pegou nos ombros.
- Keine Sorge, es tut überhaupt nicht weh.
Ela falou na linguagem que não pude reconhecer, e eu virei pra cima e o machado já estava levantando para o alto. Era meu fim, já sabia disso, e não pude não pensar em tudo naquele momento.
Porque fui trazido a este mundo? Não tenho poderes e nem algo parecido, isso é só uma reencarnação sem nada de especial? Os romance estavam mentindo sobre as histórias de "reencarnação"?
Mas com todo pavor e desespero que eu tive naquele momento, eu levantei meus braços e fechei meus olhos, e pensei que já estava morto.
Mas percebi que não senti dor, ou algo similar, e quando abri meus olhos, eu ainda estava vivo e de alguma forma bem, mas por alguma razão os assassinos estavam inquietos, e mesmo não vendo seus semblante, suas bocas mostravam suas feições.
Choque.
Eles olhavam especialmente pra minha mão, eles continuaram a falar em sua língua estrangeira:
- Dies ist ein Zeichen des Chaos, unmöglich...
Chaos
Era a única palavra que eu entendi. Que isso significava com eles ficarem chocados eu não sabia, mas seus semblantes remetiam esse choque repentino que só foi cortado quando um deles, o que parecia mais forte, pegou no braço onde estava meu simbolo.
Doeu bastante, não vou mentir, seu aperto parecia um gorila tentando verificar se a banana era podre ou não. Ele segurou forte e disse palavras que eu não entendi seus significados, mas entendi suas intenções.
- Reiß den Arm ab.