Demorou alguns dias dês que pude me recuperar. Um dia, dois dias, três dias, e assim por diante. Eu não vou mentir que se não fosse pela vinda dos pais de Alexsander algumas vezes, eu teria enlouquecido.
"Graças a Serran, você tá bem!" - Arthur, pai de Alexsander, chorava segurando minha com mão força, suas lagrimas eram genuínas, mas graças a ele eu ainda estou aqui.
"Filho, não me abondone, por favor..." - Ion, mãe de Alexsander, estava deitado no meu peito segurando a minha veste a força, era doloroso ver o rosto de uma mãe claramente abalada com seu filho em estado grave.
E por último, a Flora, que foi a que mais me visitou. Toda vez que ela vinha, ela sempre chorava, sempre falava sobre as aulas e sempre me falava como ela queria eu de volta, e sinceramente, isso apertou meu coração. Eu sabia sentimento de perder um ente querido ainda criança, então não pude não tentar conforta-la.
"Eu vou ficar bem", "Irmão promete fazer uma comida especial", "Não se preocupe comigo" Eram palavras e promessas vazias, mas o que eu podia fazer? Tentar conforta-la com a cruel verdade que eu quase estive num véu a morte? Era o mesmo que dizer que eu poderia ter morrido.
Após tantas visitas e tantas promessas vazias, finalmente, eu tive alta. Demorou 1 mês inteiro de sons de pessoas andando, de médicos falando, eu pude sair do hospital que eu estava, com um atestado de pelo menos 1 mês de folga.
Quando voltei pra casa, eu vi os pais de Alexsander e a Flora já esperando, com bolo e parecendo que estavam numa festa de aniversário. Eles pularam para um abraço e eu, que raramente sentia um abraço familiar, aceitei com orgulho e pêsames.
De um lado, era bom ver eles felizes, mas o lado ruim, e que eles não sabem que seu filho não é seu filho. Então, é um abraço quase falso, e eu, o ladrão, o espírito maligno, apenas me sentia feliz pelo fato que abraços assim na minha vida anterior eram raros como achar uma moeda numa rua.
Depois de um tempo, a gente terminou a festa e claro, eu fui deitar e descansar. Eu tirei minha camisa e lá estava, um dos meus braços não existia mais, era apenas nada.
E eu olhei meu braço direito que estava com a marca estranha, ela, que antes estava no esquerdo, agora estava na direita, como se ela tivesse se movido, como se ela fosse viva.
Passei a noite inteira com isso na cabeça. Vários pensamentos passaram por mim, como: "Essa marca ela é viva?" ou "Como isso é possível?" e eu tentei entender, mas no fim, eu compreendi: - Essa marca não é normal.
No fim, não consegui dormir a noite inteira pelo anseio da verdade. Foi definitivamente a pior noite da minha vida.
-
Era de noite, dois homens estavam num beco escuro, vendo um corpo tampado com um enorme pano ao rosto. Um deles era um homem bonito, jovem, usava uma jaqueta de couro marrom e calças perfeitamente alinhadas com o corpo, além de sapatos brancos que brilhavam junto ao seu cabelo branco.
- Definitivamente, foram aqueles lunáticos pela Finalidade, denovo.
O homem ao seu lado, usava roupas preta com detalhes brancos, com uma insígnia no seu peito escrita "Departamento de Policia de Crybon" com um leão como animal central. Ele olhou o outro homem com um olhar sem muitas expressões.
- De fato, só eles poderiam matar alguém de tamanha forma. - Diz ele, olhando pro corpo morto no chão.
A forma do corpo era como se ele nem tivesse sido "morto" de fato, ele parecia bem, o que é estranho. Nenhuma ferida, nenhum sinal de luta ou hematomas, apenas o corpo vazio, morto.
Então, o homem vestido com roupa de policial olhou pro homem a sua frente. "Que detetive estranho..." Era isso que ele poderia pensar.
Ace Frost, um dos detetives mais inteligentes do mundo, foi principal protagonista de casos como "Roubo na mansão Armstrong", "Assasinato em Baskerville" e entre outros crimes famosos mundialmente. Chamado pra um crime como este era sinal que não era qualquer um.
"Sua expressão é tão indecifrável que eu sinto um calafrio... uff..."
Ace Frost olha pro policial, percebendo seu olhar fixo nele, ele acena e sorri, fechando seus olhos, deixando o policial ainda mais arrepiado do que ele já tava, mas ele tenta esconder pelo seu orgulho como policial.
Então Ace pega sua bolsa, que estava perto de sua cintura e pega de dentro dele uma espécie de pasta, e abrindo ela ele tira uma folha, parecendo uma espécie de folha de dados de alguém.
"Alexsander Winchester..."
Ele analisava os dados da folha. Mesmo sendo um dos maiores detetives do mundo, ele estava em dúvida sobre o homem que ele estava analisando.
"Homem, 27 anos, solteiro... que informações mundanas para um suspeito..."
Ele coloca sua outra mão fechada na posição de sua boca, nada fazia sentindo para ele. Alexsander foi o único caso de alguém que sobreviveu pelo o grupo criminoso, logo, um caso especial e raríssimo, ou talvez nem tanto.
Ace olha pro policial que anota algumas coisas em sua prancheta, ele parece imerso nisso, e antes de perceber, Ace já esta na sua frente, de braços cruzados, olhando fixamente para ele.
- Então, onde mora esse Alexsander?
- Bem, não tão longe... - Policial percebe o sorriso de Ace, e logo percebe suas intenções - não me diga que...
Ace coloca seu punho fechado abaixo da boca, escondendo seu sorriso óbvio - Como as neves já disseram, "Hoje temos ira nevar perguntas" - com essa fala, policial percebe a intenção de Ace, que era a de encontrar o jovem Alexsander pessoalmente, suas razões sendo claras: Ele suspeita dele.
- Irei levar você pra lá, e por favor, não faça nenhuma besteira.
- Eu prometo, policial~
Com uma afirmação sarcástica, Ace Frost parte em direção ao carro de policia mais próximo, pertencente ao policial ao seu lado, e suspirando com a dor de cabeça que ira vim, o policial entra no carro, partindo diretamente para a casa do suspeito de Ace: Alexsander Winchester.